Vivaine Henriques - CEPROESTE
O artesanato que une técnica, criatividade e sustentabilidade, vem sendo estimulado pela Penitenciária Feminina e pela Penitenciária Masculina “Vanderlei Tartari Monteiro”, do Complexo Penal de Tupi Paulista. Com esse propósito, as unidades viabilizaram a exposição dos trabalhos na 2ª Feira da Mulher Empreendedora (FeME), realizada no dia 8 de novembro no município.
A ação envolvendo as mulheres privadas de liberdade foi iniciada com o projeto “Pontos que Libertam”, idealizado em 2024 pelo Juiz de Direito Vandickson Soares Emidio, na época, titular da 1ª Vara de Tupi Paulista.
De acordo com a Chefe de Departamento do Complexo Penal, Adriana Alkmin Pereira Domingues, na FeME os estabelecimentos penais contaram com espaço para apresentação dos produtos confeccionados em crochê e receberam a visitação de grande público.
Para o Chefe de Divisão da Penitenciária Feminina, Eduardo Morello, é uma prática que promove a ressocialização das pessoas encarceradas, transformando linhas e agulhas em esperança.
“Por meio do artesanato, reencontram dignidade, autoestima e novos caminhos, além da criação de elo com a sociedade, com a exposição dos seus trabalhos manuais”, ressalta.
Segundo ele, a participação na feira oportunizou a comunidade a conhecer de perto práticas positivas em favor das pessoas privadas de liberdade, bem como a conscientização da importância da ressocialização, “que além de fornecer ferramentas para recomeço, é fundamental para reduzir a reincidência e promover segurança real na sociedade”.
Os artesanatos confeccionados também podem ser repassados aos familiares das reeducandas, para que os comercializem, aumentando a renda e melhorando a convivência familiar.
