Caio Daniel - CEPRNOROESTE
A Penitenciária Feminina “Sandra Aparecida Lário Vianna”, de Pirajuí, recebeu, no mês de agosto, a Carreta da Mamografia do programa Mulheres de Peito. A iniciativa do Governo Estadual atendeu, em Pirajuí, 64 servidoras do sistema prisional e 420 custodiadas da penitenciária, com o objetivo de detectar, de forma precoce, o câncer de mama.
O projeto faz parte da campanha de conscientização sobre os cuidados com a saúde feminina e tem como intuito incentivar a realização do exame para diagnóstico e tratamento, visando à detecção antecipada de tumores malignos, inclusive em fases em que a paciente não apresenta sintomas.
A mamografia é o principal exame para diagnóstico precoce do câncer de mama. Ela detecta nódulos em estágios iniciais, quando ainda são assintomáticos e não palpáveis. Se diagnosticado no início, a taxa de sobrevida aumenta significativamente, para até 98%, e pode evitar tratamentos mais invasivos, como a mastectomia.
Para a Assistente Social Daiana Maria Gimenez de Couti Freddi, Chefe de Serviço de Reintegração Social da Penitenciária Feminina de Pirajuí, a carreta representa não só o acesso ampliado ao exame, mas também uma oportunidade de cuidado essencial. “É a segunda vez que realizo o exame na carreta de mamografia, que propicia a muitas mulheres a possibilidade de atendimento rápido, prático e gratuito, com resultado liberado em poucos dias. O atendimento é excelente e cordial”, afirmou.
Ela explicou que, no seu caso, por possuir histórico de câncer de mama na família, iniciou o rastreamento aos 30 anos de idade por recomendação médica, embora a orientação do Ministério da Saúde seja para começar a partir dos 40 anos. Destacou ainda que, por ser itinerante, a carreta garante que mulheres de diferentes regiões do estado tenham acesso ao exame, inclusive aquelas que enfrentam dificuldades em realizá-lo nas unidades básicas de saúde. Segundo a servidora, a iniciativa também é fundamental porque o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil e democratizar o acesso à mamografia contribui para mudar esse cenário.
Em casos positivos, as pacientes são encaminhadas para especialistas da rede pública de saúde, onde passam por consultas detalhadas e exames complementares. A partir daí, são direcionadas para o tratamento adequado, conforme cada diagnóstico. O objetivo é garantir que todas recebam assistência integral e contínua, com prioridade no sistema, aumentando as chances de cura e proporcionando maior qualidade de vida às mulheres atendidas.
A ação foi promovida pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), e realizada por meio da Polícia Penal do Estado de São Paulo e da sua Coordenadoria de Saúde do Sistema Prisional (CSSP).