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14/12/16 | Mariana Fonseca - Assessoria de Imprensa SAP

Espetáculo “Noites sem fim” gera reflexão e identificação entre reeducandas da PF de Santana

O texto foi produzido a partir de conversas com presas da Inglaterra

Duas egressas do sistema prisional, Lorraine (Angela Figueiredo) com cerca de 50 anos e Marie (Fernanda Cunha) beirando os 30, conhecem-se no cárcere, reencontram-se e começam a encarar os conflitos da vida em liberdade. Esse é o enredo da peça “Noites sem fim”, baseada no texto original da inglesa Chloë Moss, que foi apresentada no dia 8 deste mês, na Penitenciária Feminina de Sant'Ana (PFS).

A encenação foi exibida pela primeira vez em um ambiente prisional, o que, segundo as atrizes, fez com que a peça tivesse real sentido, já que elas tinham essa intenção desde o início do projeto. “Para gente trazer o espetáculo para cá, para feminina de Sant'Ana, está sendo muito especial, a gente queria isso desde o início”, contou a intérprete de Marie antes de começar o espetáculo. Angela e Fernanda já haviam feito um laboratório experimental na PFS, quando tiveram contato com algumas reeducandas e com o ambiente, para melhor comporem as personagens.

O espaço que é utilizado como escola virou um teatro, para 150 espectadores; os olhares curiosos das reeducandas e a intensa interação fizeram com que as atrizes se emocionassem ao final. “A gente sempre quis dividir com as mulheres do sistema carcerário essa experiência, porque as personagens têm uma força humana muito bacana”, contou Angela Figueiredo.

No final da peça, um momento de debate foi aberto. Dúvidas em relação a história “Noites sem fim” e reflexões que surgiram no decorrer da trama e depoimentos de presas que se identificaram com a história foram compartilhados.

“O texto é inglês, mas pelas questões humanas que ele aborda, a gente acha que elas vão se identificar; talvez vejam diferenças, mas a gente quer ver como isso [o sistema prisional] é do outro lado e aqui no Brasil, se tem semelhanças”, destacou a atriz Fernanda Cunha ainda na concentração.

A peça fez uma curta temporada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no início deste semestre e pretende dar sequência nas apresentações em presídios.







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