30/11/16 | Kelma Jucá – Interlocutora Corevali
Com objetivo de prevenir e detectar focos de inflamação bucal, presos do regime fechado recebem tratamento voltado à extração de raízes residuais em ação inédita na região
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A ação contou com duas unidades móveis de saúde bucal
Os detentos passaram por uma triagem antes do atendimento odontológico
Ao todo, foram feitas 509 extrações de raízes residuais
A Penitenciária I “AEVP Jair Guimarães de Lima” de Potim promoveu a Semana Odontológica, de 31 de outubro a 4 de novembro. No período, ocorreu a avaliação clínica de todos os presos da unidade com o objetivo de diagnosticar as maiores demandas para traçar estratégias de intervenção.
Durante a semana, foram atendidos 197 presos, totalizando 509 extrações de raízes residuais – restos de dente sem reabilitação. A ação contou com duas unidades móveis de saúde bucal: um ônibus e uma van, adaptados com aparelhagem de um consultório dentário.
Por meio de uma triagem na população prisional, foi identificado que as raízes residuais, focos de contaminação de bactérias e agentes causadores de doenças bucais, é a maior demanda da penitenciária. O objetivo foi prevenir e detectar precocemente as melhores soluções para o combate à doença bucal.
A ação foi uma iniciativa da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), por meio do Cras (Centro de Ressocialização e Atendimento à Saúde) da unidade prisional, em parceria com a Faculdade de Pindamonhangaba (Fapi) – com a participação de alunos e professores dos cursos de Enfermagem e Odontologia –, a ONG Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer (GAPC) e a Prefeitura de Guaratinguetá.
Essas raízes residuais são classificadas pelo grau de comprometimento. Os graus 1 e 2 serão tratados na própria penitenciária. O grau 3, que em geral pode comprometer o coração, o fígado e outros órgãos vitais, é uma das principais demandas da unidade prisional e exige procedimento cirúrgico. Neste caso, os presos serão tratados pelos profissionais do Departamento de Odontologia da Fapi.
“Como a nossa demanda institucional é altíssima, uma parceria é necessária no sentido de que os alunos de odontologia auxiliem os trabalhos da penitenciária na triagem dessa população específica que, em sua maioria, apresenta condições precárias de saúde bucal”, explica a diretora do Cras da PI de Potim, Karina Prates.