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24/11/16 | Solange Ferreira - Interlocutora CRC

Do cárcere para sala de aula

Reeducando da Penitenciária I “Dr. Antônio de Queiroz Filho” de Itirapina tornar-se tecnólogo

Obstáculos surgem para todos, porém a persistência de quem tem uma meta, mesmo no cárcere, faz com que os objetivos possam ser alcançados. O dia a dia do sentenciado J.L.N., 29, dentro da Penitenciária “Dr. Antônio de Queiroz Filho” de Itirapina I, prova que a ressocialização é possível.

Há cinco anos e 11 meses privado de sua liberdade, ele esteve em outras três unidades prisionais antes de cumprir reprimenda no regime semiaberto da Penitenciária I de Itirapina.

O suporte na área de educação e trabalho dado pelas instituições penais o impulsionou a se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Como resultado, J.L.N. foi contemplado com uma vaga em uma fundação de ensino federal no município de São Carlos para cursar Tecnologia em Análises e Desenvolvimento de Sistemas.

“Cometi um erro muito jovem. Por algum tempo, a confiança dos outros em mim desapareceu. O peso na consciência e o arrependimento, por tempos, me atormentaram. Tudo isso me levou a escrever uma nova história da minha vida. Minha única dificuldade está na restrição do uso da internet devido às normas estabelecidas pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). O aprendizado me abriu as portas da universidade e trouxe além da autoestima, alento para minhas aflições e alegria para minha família”, ressalta o sentenciado.

O convívio social com os universitários

Prestes a concluir o segundo ano letivo, J.L.N dedica-se aos estudos e frequenta a universidade em horário noturno. Seus companheiros de classe sabem da sua reprimenda e, em vez de preconceito, permanece o incentivo e o respeito de todos.

“A unidade dispõe para a educação dos sentenciados salas de aulas com professores preparados para a alfabetização dos presos. Além da mudança comportamental dos reeducandos, esses recursos são importantes ferramentas para a reinserção social. Esperamos que J.L.N sirva de exemplo de superação para os demais presos ”, conclui Paulo César de Godoy, diretor da unidade.

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