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22/09/16 | Assessoria de Imprensa SAP

Reeducandos farão plantio e manutenção de parques da capital

Evento com o governador Geraldo Alckmin deu início à parceria entre Secretarias da Administração Penitenciária, Emprego e Relações do Trabalho e Meio Ambiente

No dia da Árvore, 21/09, foi iniciado um trabalho conjunto socioambiental que viabilizará serviços de jardinagem e manutenção nos parques urbanos Villa‐Lobos, Água Branca, Belém, Juventude e Horto Florestal. A primeira ação foi feita por 50 reeducandos do sistema prisional no Pomar Urbano, localizado às margens do Rio Pinheiros. Ao todo, 175 reeducandos do regime semiaberto terão a oportunidade de aprender uma nova profissão, durante nove meses, como parte de sua preparação para reingressarem na força produtiva da sociedade paulista.

“Os reeducandos trabalham, adquirem uma profissão, reduzem a pena e ganham uma bolsa. Então, todos querem participar. Este programa será não apenas nos rios, mas também nos principais parques de São Paulo, aumentando suas áreas verdes com nossa frente de trabalho. As escolas também estão sendo reformadas e recuperadas com nossos reeducandos”, explicou o governador Geraldo Alckmin durante coletiva de imprensa.

O secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, explicou que a ocupação é importante para a pessoa presa porque cria o hábito do trabalho: “normalmente essas pessoas que vem para o sistema prisional são jovens, não tiveram uma ocupação antes de serem presas e quando entram no sistema prisional precisam ter acesso a estudo e trabalho”. O secretário mencionou a experiência do dia 21 como parte de uma ação maior nesse sentido, com presos aprendendo a trabalhar através da pintura e reparos em escolas, hospitais, fóruns, Etecs: “é uma atividade que vem avançando, tendo sucesso na busca da recuperação, da ressocialização dessas pessoas que estão presas”, complementou.

Nos parques, os reeducandos trabalharão na manutenção dos jardins e no enriquecimento dos bosques urbanos com árvores nativas de São Paulo, contribuindo para o embelezamento da cidade e para a redução da poluição, uma vez que elas absorvem ruídos e melhoram a qualidade do ar. São 25 reeducandas do Centro de Progressão Penitenciária Feminino de São Miguel Paulista no Parque Água Branca; 25 do CPPF do Butantan no Parque Villa Lobos; 25 do Centro de Detenção Provisória (CDP) I do Belém para o Parque da Juventude; 50 do CPPF do Butantan no Parque Pomar Urbano; 25 do CDPII do Belém no Parque Belém e 25 do CPP de Franco da Rocha no Parque Horto Florestal.

No rio Pinheiros, a ação vai contar com a participação do Movimento Novas Árvores Por Aí e do botânico Ricardo Cardin. Entre as árvores nativas que serão plantadas estão o ingá, a figueira, a palmeira juçara, o manacá da serra, a embaúba e a palmeira que deu origem ao antigo nome do rio Pinheiros: jerivá.

Antigamente, o Pinheiros era conhecido como jurubatuba ou jiribatuba, que significa “lugar que tem muito jerivá”. O jerivá também é o símbolo do Pomar Urbano, que desde 1999 já recuperou cerca de 24 quilômetros das margens do rio Pinheiros com apoio de empresas parceiras.

Para participarem do programa Frente de Trabalho, os reeducandos devem estar cumprindo pena em unidade prisional destinada ao regime semiaberto e ter bom comportamento. Eles recebem mensalmente uma bolsa-auxílio de R$ 300 e seguro contra acidentes pessoais. Eles também podem solicitar ao Poder Judiciário a remição de um dia de pena para cada três dias trabalhados. O programa é completo com cursos de capacitação profissional: durante a semana, são quatro dias de trabalho para um dia de curso de capacitação.

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