Texto normalContraste normalAumentar contrasteAumentar textoDiminuir texto Ir para o conteúdo

14/09/16 | Sonia Pestana – Interlocutora Coremetro

Xeque Mate na falta de concentração

SAP aposta no jogo de xadrez como ferramenta de aprendizado

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) tem usado o jogo de xadrez como ferramenta no aprendizado dos presos. A Penitenciária II “Nilton Silva” de Franco da Rocha, por exemplo, apoiou a iniciativa dos servidores Augustinho Jovino e Gileno Bomfim de organizarem o 1° Torneio de Xadrez da unidade prisional.

A partir de sugestões dos próprios sentenciados, os servidores promoveram o torneio. Com surpresa, receberam inscrições de 16 presos. Em 11 de julho, as oito duplas iniciaram as competições com total concentração, algo peculiar ao jogo de xadrez. Após dez dias, depois de disputas acirradas, a unidade prisional conheceu os três primeiros colocados.

A premiação ocorreu no início de agosto. Aos campeões Daniel H., Daniel P. e Bruno G. foram entregues medalhas representativas de ouro, prata e bronze, respectivamente.

Em razão do sucesso do evento, os servidores responsáveis idealizam projeto específico. A ideia é que a modalidade esportiva seja ministrada pelos reeducandos monitores da escola local a outros presos alunos do setor de educação. A expectativa, segundo os organizadores, é que o jogo de xadrez possa contribuir para melhorar a atenção, o bom comportamento, o pensamento lógico e a imaginação dos estudantes da unidade prisional.

Aplicação prática

O jogo de xadrez tornou-se esporte profissional em 1851, em Londres, quando foi montado o primeiro torneio moderno. No Brasil, os campeonatos datam de 1927.

Estudos indicam que o xadrez contribui significativamente para melhorar a memória, imaginação, concentração, inteligência, disciplina e senso de responsabilidade. Para Jovino e Bomfim, o jogo ainda aumenta a responsabilidade, na medida em que cada jogador responde pelo movimento de suas peças e mais ninguém. Parafraseando o enxadrista Garry Kasparov, os organizadores destacam que no xadrez, assim como na vida, as pessoas são as únicas responsáveis pelos próprios atos.

aasassa
Topo