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24/08/16 | Eliane Borges – Interlocutora Croeste

Reeducandas do semiaberto promovem arraiá julino na PF de Tupi Paulista

O evento ocorreu por meio da parceria com alunas da Fundec e com o projeto “Reeducar para a Cidadania”

No dia 6 de julho de 2016, a ala de progressão da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista transformou-se em “arraiá” para a apresentação da dança de quadrilha, composta por 82 reeducandas. A iniciativa, além de ser resultado da parceria da equipe técnica da unidade prisional com alunas do Curso de Psicologia e Serviço Social da Fundação Dracenense de Educação e Cultura (Fundec), é também uma das atividades do Projeto “Reeducar para a Cidadania”.

Vestidas a caráter, “damas” formaram par com os “matutos”, identificados por trajes masculinos, elas executaram coreografia tradicional de quadrilha. A festa foi regada a música, alegria, doces, pipoca, bolo, broa de milho e chocolate quente. Com criatividade, as “caipiras” do regime semiaberto enfeitaram o “arraiá” com bandeiras coloridas, fogueiras de papel celofane, flores de papel crepom e espantalho. Ainda celebraram o engraçado casamento na roça, com direito a noivo contrariado, sogro armado, noiva grávida e benção do padre pinguço.

Iniciativa

O evento é parte do Projeto “Reeducar para a Cidadania”, implantado em 2011, com o objetivo de propiciar às reeducandas lembranças pessoais anteriores à prisão, como modo de pensar, agir e sentir, reforçando aspectos positivos da autoimagem. “Foi um momento bom, porque sentimos que não somos inúteis e nos esquecemos um pouco da prisão”, contou A.R.W, de 27 anos, expressando o mesmo sentido de gratidão de reeducandas.

A encenação recebeu aplausos e elogios do público composto por servidores da Central de Penas e Medidas Alternativas de Adamantina (CPMA-Central), representantes da Organização Não Governamental (ONG) “Sonho Nosso” de Guataporanga e funcionários do estabelecimento prisional. “A unidade encontra-se disponível para o desenvolvimento de quaisquer ações positivas que visem garantir o direito à cidadania e o cumprimento da pena de forma digna”, enfatizou a diretora da penitenciária, Adriana Alkmin Pereira Domingues. Neste esforço conjunto, merecem reconhecimento a diretora do Centro de Reintegração Social e Atendimento à Saúde, Elisangela Ferraz Turri, o diretor do Centro de Trabalho e Educação, Altair Lopes Maciel, e a diretora substituta do Centro de Segurança e Disciplina, Lilian Honório Camargo de Oliveira.

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