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17/08/16 | Eliane Borges – Interlocutora Croeste

Reeducandos de Marabá Paulista e Presidente Prudente realizam saraus culturais

Iniciativa proporciona expansão de vocabulário, conhecimentos e momentos de ressocialização

Quem não aprecia e cresce intelectualmente durante uma boa roda de conversa regada à música e poesia? Atividades como saraus estimulam o contato pessoal, a mentalidade crítica e o vocabulário. Com esses propósitos, no mês de junho, a Penitenciária “João Augustinho Panucci” de Marabá Paulista desenvolveu sarau literário com presos alunos do ensino fundamental e médio. O evento foi apresentado aos diretores da unidade, corpo funcional da Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap) e docentes da “Escola Estadual de Marabá Paulista”. O Centro de Ressocialização (CR) “ASP Gláucio Reinaldo Mendes Pereira” de Presidente Prudente promovera ação semelhante dois meses antes.

Atividades lúdicas e culturais fazem parte do cotidiano do ambiente prisional e contribuem para a ressocialização da pessoa privada de liberdade. O evento de 2 de junho na penitenciária figura como uma das ações culturais desenvolvidas, no primeiro semestre de 2016, nos estabelecimentos prisionais da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado (Croeste). Na ocasião, após ler crônicas, contos e poesias disponíveis no acervo local, 21 reeducandos reuniram-se para recitar trechos de obras de autores preferidos, estimulando a concentração e sensibilidade. Segundo o diretor da unidade, Silvio João Gonçalves, foi momento de aprender, dividir experiências e trocar informações com todos os que prestigiaram o evento.

Outra manifestação cultural foi o sarau intitulado “Inspiração e Liberdade Poética” do CR de Presidente Prudente nos dias 13 e 14 de abril. Cinco alunos apresentaram declamações de cordéis e poesias de Cora Carolina e Patativa do Assaré, entoaram músicas populares brasileiras e cânticos sacros, além de recitarem poesia na língua inglesa e espanhola, ora de artistas renomados, ora de autoria própria. Ao final, a monitora de educação da Funap, Erika Fernandes Ribeiro, foi agraciada pelos reeducandos com uma orquídea.

Um pouco de história

A diretora do CR, Mirian Barrocal Tardim Collete, explica que os saraus chegaram ao Brasil com a família real no século XIX e tinham como características o requinte, a erudição e a soberba. Era a realização mais elegante da sociedade, com direito a piano de cauda, sendo frequentada apenas por pessoas “iluminadas” cultural e financeiramente. Com o tempo, essas reuniões se popularizaram e passaram a ser organizadas por pessoas interessadas em movimentos culturais. “Realizar um evento como esse é de suma importância, pois traz conhecimento aos alunos e convidados, incentiva a arte e revela talentos, contribuindo para a ressocialização”, enfatiza.










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