22/11/11 | Assessoria de Imprensa - SAP

CR de Jaú promove projeto voltado à família

Reuniões com familiares auxiliam na ressocialização dos presos

Familiares de reeducandos assistem à palestra no CR de Jaú

O Centro de Ressocialização (CR) “Dr. João Eduardo Franco Perlati“ de Jaú, em parceria com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Ressocializar Jaú, realiza o projeto “CR em família” desde janeiro deste ano, voltado ao atendimento, acolhimento e orientação das famílias de reeducandos. A iniciativa visa conhecer a relação preso-família e a realidade socioeconômica dessas pessoas e fornecer-lhes informações jurídicas, além de prestar orientação e acompanhamento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Cerca de 20 famílias - escolhidas pela equipe técnica em função do trabalho terapêutico que se está desenvolvendo com seu parente interno - participam das reuniões quinzenais ocorridas na dependência anexa ao prédio da unidade. No local são realizadas palestras, dinâmicas de grupo e depoimentos, que inserem a família no processo ressocializador do preso. As atividades são promovidas pela equipe técnica, envolvendo as áreas de serviço social, psicologia, saúde e jurídico.

No final de cada encontro é aberto um espaço para que o familiar possa expor suas dúvidas, anseios, sugestões e opiniões sobre o trabalho apresentado. “Estou aprendendo muito com as reuniões. Também percebo meu filho diferente, mais carinhoso, amigo e com planos para o futuro”, declarou o pai de um reeducando. “Sinto-me mais forte para ampará-lo quando ele sair em liberdade”, completa.

A direção da unidade considera o trabalho, família, educação e religião como os quatro pilares fundamentais para a reformulação de conceitos e condutas de presos. Por isso, o CR atua nesses eixos para promover a ressocialização dos detentos. “Ao mesmo tempo em que investimos no processo de reavaliação pessoal e social do reeducando, faz-se necessário amparar e orientar a família para que ela supere este período difícil e se prepare para receber seu ente modificado, no momento em que ele sai em liberdade”, explica a diretora da unidade, Maria de Lourdes Kerche do Amaral. “A seriedade do projeto e a competência dos profissionais envolvidos fazem com que a família seja trabalhada de forma terapêutica, elaborando novas crenças sociais, funcionais para sua realidade”, finaliza a diretora.