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27/07/16 | Eliane Borges – Interlocutora Croeste

Presídios da região Oeste recebem qualificação na área de agronegócio

Servidores e reeducandos participam de cursos voltados à recuperação de áreas degradadas e contribuem com a inclusão social

No dia 7 de julho, funcionários de presídios e reeducandos da região Oeste participaram do primeiro curso, dentre uma série de cinco, na área do agronegócio, com o tema Poda de Árvores. Assim como este, os próximos treinamentos, voltados às técnicas de ovinocultura, olericultura, suinocultura e produção de mudas, serão realizadas no parque agrícola da Penitenciária “Zwinglio Ferreria” de Presidente Venceslau (PI) ao longo dos próximos meses. O objetivo é que os participantes atuem como multiplicadores, levando os conhecimentos adquiridos aos sentenciados das unidades prisionais com vistas à inclusão social, geração de emprego e renda, competitividade do agronegócio e segurança alimentar, além de contribuir para preservação ambiental e desenvolvimento rural sustentável.

Composto por 30 servidores e cinco apenados, o grupo presente no curso foi capacitado e certificado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). As turmas de multiplicação, posteriormente montadas no interior das unidades prisionais, contarão com um mínimo de 10 reeducandos, os quais serão certificados pela Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap). Todas as capacitações são oferecidas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo por intermédio da Cati, regional de Presidente Venceslau, em parceria com a (Funap), regional de Presidente Prudente, e Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste (Croeste).

Este primeiro curso, ministrado pelo agrônomo, Carlos Sussumu Suyama, dividido em aula teórica e prática, abordou técnicas de poda em árvores urbanas e frutíferas, desde a formação da planta até a produção de fruta. Segundo o diretor do Centro de Trabalho e Educação da PI de Venceslau, Carlos Donizete da Silva, reeducandos foram escolhidos por atuarem na manutenção de jardinagem do presídio e outros, para iniciar esse trabalho. “Para cada curso, vamos selecionar de acordo com a área de atuação, ou que tenham interesse em exercê-la dentro da unidade”, explica. Posteriormente, os alunos poderão aproveitar o aprendizado para trabalhos externos, quando estiverem no regime semi-aberto ou ganharem a liberdade.

Organização

Com duração de 8 a 16 horas, as aulas visam fortalecer o setor agrícola e a recuperação de áreas degradadas, ampliar as possibilidades de protagonismo social aos reeducandos quando estiverem em liberdade, proporcionar momentos de diálogo e interação entre os envolvidos, favorecer postura mais reflexiva no cumprimento da pena e contribuir para a diminuição da reincidência criminal.

Nesse primeiro momento, estiveram presentes servidores do Centro de Ressocialização e da Penitenciária de Presidente Prudente, como também, das Penitenciárias de Presidente Bernardes, Presidente Venceslau, Dracena, Martinópolis, Marabá Paulista, Tupi Paulista (masculina), Mirandópolis e Lavínia, além do Centro de Detenção Provisória de Caiuá.

“A Funap participa da articulação entre as secretarias e também será responsável pela replicação dos cursos dentro das unidades, por intermédio dos multiplicadores, durante a qualificação profissional do Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania (PET)”, explica o gerente regional da fundação, Milfran Melotti. Além de fortalecer o setor agrícola, focando esforços na recuperação de áreas degradadas em algumas das principais cadeias produtivas do Estado, o projeto possibilita ao sujeito encarcerado condições de uma vida longe da criminalidade, com consciência e contribuição social.

O diretor regional da Cati/Escritório de Desenvolvimento Rural de Presidente Venceslau relata que a parceria com o sistema prisional é de grande valia. “Temos como missão promover a extensão rural. As unidades prisionais da nossa região têm grande área territorial se comparadas a propriedades rurais. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo coloca-se à disposição para colaborar com as ações ligadas ao desenvolvimento rural e melhoria das atividades agropecuárias”, enfatiza.

aasassa
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