17/11/11 | Assessoria de Imprensa - SAP

Funap tem presença marcante no VII Concurso Cultural “Ler e Escrever é Preciso”

O evento de premiação reuniu 13 reeducandos finalistas do 7º Concurso Cultural promovido pelo Instituto Ecofuturo. A apuração dos vencedores revelou a dedicação de alunos e profissionais da educação do sistema prisional

Clique na foto para ver mais

Clique para ver mais

Patrícia, reeducanda do CPP do Butantan, foi a única mulher na lista dos dez finalistas

No dia 7 de novembro, o Circo dos Sonhos, na Pompeia, Zona Oeste de São Paulo, foi palco de uma celebração da leitura e da escrita. O Instituto Ecofuturo reuniu os 60 finalistas do “7º Concurso Cultural Ler e Escrever é Preciso”, que convidou alunos, presos, professores, monitores presos, educadores sociais e profissionais de biblioteca a ler, refletir e escrever sobre o tema “Vamos Cuidar da Vida”. Os autores finalistas foram selecionados entre 4,5 mil textos recebidos de todos os estados do Brasil. O show contou com apresentação especial do Teatro Mágico, malabaristas e palhaços.

A criançada fez a festa e os adultos não ficaram por menos. Tinha pipoca, cachorro quente, refrigerante e na saída foram distribuídos todos os textos finalistas publicados pelo Instituto Ecofuturo, em livros de muito bom gosto.

Nesta edição do Concurso a Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (Funap), teve papel primordial no sucesso do evento, pois foi responsável pelo envio de 30% dos textos escritos por reeducandos inscritos no concurso, abrindo possibilidades para que o compartilhamento de ideias – através do exercício da leitura e da escrita – seja instrumento real para a inclusão.

Ao todo, cerca de 500 textos foram enviados por internos do sistema penitenciário paulista, entre eles alunos e educadores (ambos reeducandos) da Funap. Dos dez classificados, nove são reeducandos na categoria “Educação de Jovens e Adultos” – EJA e três na categoria “Educadores Sociais” (no caso da Funap – monitores presos) e foram premiados no evento, ou seja, 90% dos vencedores da categoria EJA são alunos presos das escolas da Funap e 30% da categoria Educadores são monitores presos. Os internos que cumprem pena em regime fechado indicaram representantes e apenas os de regime semiaberto estiveram presentes.

A hegemonia do pódio foi do sistema prisional paulista: Nelson Alves da Glória, 33 anos, da Penitenciária “ASP Adriano Aparecido de Pieri” de Dracena - primeiro colocado na categoria EJA, seguido de Rafael Marcell Dias Simões, 29 anos, da Penitenciária “Dr. Geraldo de Andrade Vieira”, de São Vicente e o terceiro lugar ficou com Paulo de Pontes, 55 anos, da Penitenciária de Andradina.

As mulheres presas também foram muito bem representadas por Patricia Oliveira Cândido, do Centro de Progressão Penitenciária “Dra. Marina Marigo Cardoso de Oliveira” do Butantan, aliás, a única mulher na lista dos dez finalistas.

Paulo Lima, fundador e editor da Revista Trip fez elogios ao egresso Luis Carlos Mendes, grande escritor e declarou ainda, que o lado prisional é sempre esquecido e que com a participação no concurso, os presos estão tentando se reeducar através da leitura, como diz a bela frase: “O conhecimento liberta”!

Mais informações: www.ecofuturo.org.br/concursocultural