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13/04/16 | Sonia Pestana- Coremetro

Reforma e manutenção no Centro de Detenção Provisória IV de Pinheiros

Mudanças estruturais beneficiam unidade prisional e é exemplo de proatividade

Automação nas celas

Pavimento habitacional antes das reformas

Obras de automação

Desde fevereiro de 2015, o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros IV vem passando por inúmeras reformulações. Engana-se, contudo, quem pensa tratar-se de simples mudanças em suas áreas estruturais. O diretor geral da unidade, André Luiz Alves, disse que as alterações foram abrangentes e significativas, agregando agilidade e contribuindo para aumentar ainda mais o esquema de segurança adotado.

O CDP é uma unidade de trânsito. Os sentenciados ficam à espera das autorizações para deslocamento no sistema prisional, quer por motivo judicial, hospitalar, transferências e de audiências de custódia. Exatamente por essa particularidade, Alves explica que todas as reformulações sugeridas foram antes analisadas por equipe especializada tendo em vista a necessidade de sincronia nas ações praticadas.

Segundo ele, as mudanças efetuadas na unidade envolveram tanto a reforma física como a implantação de controles especiais da população carcerária. Para o diretor, as mudanças e melhorias foram feitas para dar melhores condições às pessoas que se utilizam do CDP e todos esses passos só foram possíveis, em função da atuação e do comprometimento dos servidores da unidade.

Dentre as ações, destacam-se a troca de ferragens das escadas, adequação das instalações hidráulica e elétrica, substituição de torneiras, pias, chuveiros e vasos sanitários, com foco na economia de consumo e adaptações necessárias para cadeirantes. Por meio do trabalho de servidores da própria unidade, com o auxílio de alguns presos, os trabalhos realizados envolveram também a pintura e reformas estruturais das celas.

Para a direção da unidade, foi dada ênfase à automação das celas que, apesar de estar em fase de implantação, já ganhou destaque na opinião dos servidores. Nesse embalo de mudanças estruturais, a unidade investiu na troca das lâmpadas comuns por LED. O processo de manutenção na iluminação está ainda restrito às áreas dos pavimentos habitacionais e administrativa, contudo os planos indicam a ampliação da ação em toda a unidade prisional.

Economia

Com foco na economia, a direção da unidade prisional não mediu esforços na implantação dos projetos de troca de lâmpadas comuns por LED e também na captação de água para reuso. No início, as ações foram tímidas, porém ganharam a todos por conta dos argumentos práticos e convincentes por parte das equipes técnicas envolvidas nos processos.

Segundo Alves, todos os trabalhos foram divididos em etapas, incluindo manutenção ou implantação de projetos. Nas ações envolvendo o uso consciente da água, por exemplo, foram substituídas as tubulações, torneiras e válvulas das descargas.

De acordo com os controles de custos do CDP, a unidade está no caminho da economia. Conforme informação da diretoria, um bom indicativo está no comparativo de gastos das faturas de consumo de água dos meses de janeiro de 2015 com o mesmo período de 2016, que resultaram numa economia na ordem de 58% para os cofres do estado.

Paralelamente, o diretor relatou que ações simples vêm sendo adotadas, o que contribui para a economia de água na unidade. Ele explicou, por exemplo, que é rotina no setor de portaria do CDP promover o controle do consumo diário com a simples leitura do hidrômetro. Em caso de discrepâncias nos números, a equipe de manutenção é acionada para verificar possíveis vazamentos que exigem atenção.

Automação

Desde meados de 2015, está em curso a automação das celas com foco na segurança do servidor. Para a execução do serviço, a Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro) vem selecionando servidores nas mais diversas unidades prisionais para montar um time de peso, visto que o trabalho exige conhecimentos técnicos de elétrica e eletrônica.

Conforme Alves, o trabalho de automação conta com verba do governo federal e da própria Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). O diretor frisou a importância de contar com uma equipe especializada. De acordo com ele, os trabalhos de automação têm à frente, profissionais formados por quem entende do sistema prisional, a exemplo de servidores com conhecimento na área de elétrica e serralheria vindos da própria secretaria.

Atualmente as ações com automação na unidade indicam que 100% dos trabalhos já foram executados, ou seja, todos os raios habitacionais já contam com o sistema de automação implantado e em pleno funcionamento. Segundo o diretor, a justificativa da automação das celas está na movimentação mensal da população registrada, que gira em torno de 7.200, abrangendo inclusões, exclusões e apresentações de reeducandos nos sistemas carcerário, hospitalar, custódia e fórum.

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