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31/03/16 | Eliane Borges - Croeste

Foco no alvo!

Atrás dos muros dos presídios, mosquito da dengue não se cria

Se com o tempo a atenção da mídia se desvia do mosquito Aedes Aegypti, nas unidades prisionais o assunto continua em pauta e a ordem é justamente o contrário: ir de encontro ao foco do mosquito, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Além dos constantes trabalhos de limpeza realizados por sentenciados em todos os estabelecimentos, concomitantemente, outras ações vêm sendo executadas e merecem destaque.

Uma delas ocorreu na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista. Diante da confirmação do Ministério da Saúde sobre a relação entre a infecção causada pelo vírus Zika e o nascimento de bebês com microcefalia ou alterações do sistema nervoso, a unidade adquiriu, com recursos próprios, repelentes para 18 reeducandas gestantes. Juntamente com a doação, as grávidas assistiram a uma palestra e receberam folhetos informativos para esclarecimento do assunto.

Em Pacaembu, reeducandos do Centro de Progressão Penitenciária que trabalham nos setores de obras e serviços de limpeza da cidade saíram pelas ruas do município para reforçar o mutirão contra a Dengue, realizado pela prefeitura municipal, durante quatro dias. Na Penitenciária, os sentenciados fizeram uma varredura no próprio estabelecimento, além de vistorias semanais para retiradas de objetos que possam acumular água, local onde as larvas do mosquito se desenvolvem.

Na Penitenciária “Tacyan Menezes de Lucena” de Martinópolis os alunos privados de liberdade participaram do “Dia de mobilização dos estudantes contra o Zika”. A ação visou orientar e sensibilizar 234 estudantes para torná-los multiplicadores entre os demais sentenciados. Houve ainda palestra, inclusive para servidores, distribuição de cartilhas nos pavilhões e entrega de panfletos para os familiares dos presos.

No Centro de Ressocialização de Presidente Prudente foi realizada um força-tarefa durante os dias 22, 27 e 31 de janeiro. Na ocasião, a equipe de enfermagem visitou as principais áreas da unidade afixando cartazes e instruindo internos e funcionários. Somado a isso, foi realizado um mutirão de limpeza com apoio da Cipa, setor de produção e companhia de limpeza do município, a qual disponibilizou um caminhão para retirada dos entulhos. Visitantes também foram orientados e receberam folhetos explicativos.

Todos os esforços têm sido viabilizados e acompanhados pelos servidores designados como guardiões da dengue. Na Penitenciária “Asp Lindolfo Terçariol Filho” de Mirandópolis, por exemplo, esse responsável verifica as instalações e imediações em busca de criadouros e coordena as limpezas, entregas de folders e afixação de cartazes nos pavilhões. A unidade viabilizou ainda palestra para 30 funcionários, assim como ocorreu na Penitenciária de Junqueirópolis. Porém, nesta última, além dos servidores, também participaram 15 reeducandos.

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