Uma parceria de quatro anos reconhecida nacionalmente. O projeto “Unoeste Inclusiva: ações formativas e construtivas nos ambientes prisionais do oeste paulista” concorreu com duzentas universidades de todo o país no prêmio Cidadania Sem Fronteiras e ganhou o segundo lugar na categoria “Diretos Humanos e Justiça”. A premiação foi no último dia 31/10, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

A láurea foi resultado de um trabalho de cinco anos, que teve início no final de 2006. Em outubro daquele ano, a partir de reuniões entre profissionais da Croeste e da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), foi feito um diagnóstico das necessidades. Percebeu-se a necessidade de combater os efeitos da prisionização que acontece com os funcionários das unidades prisionais que, ao colocarem sua vida em risco, vivenciam situações de alto estresse. Muitos acabam somatizando os problemas, desenvolvendo distúrbios como depressão, síndrome do pânico e outras doenças.

Para combater essas e outras dificuldades vividas pelos funcionários e suas famílias foi elaborado um plano de ação com programas e projetos de ações. Uma das estratégias foi capacitar e auxiliar o importante trabalho já desenvolvido pelos membros das Comissões Internas de Prevenção a Acidentes (CIPA) e dos Grupos de Acolhimento (GA), ampliando-o. Exemplo disso foram os workshops com os GA e os treinamentos técnicos para membros da CIPA.

Além disso são realizadas continuamente atividades diretamente com os demais funcionários, como treinamentos em práticas operacionais para Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVPs), estudos sobre responsabilidade social, humanização no atendimento e ecologia no sistema penitenciário, fórum sobre tuberculose, entre outras atividades. O coroamento desse esforço é o Prêmio incentivo Funcional da Croeste, realizado anualmente desde 2007, com grande sucesso.

Os reeducandos e suas famílias também são beneficiados, tanto indiretamente com a capacitação dos funcionários, como diretamente através de projetos realizados com eles. Exemplo disso são o “PAI – Programa de Alfabetização e Inclusão”, desenvolvido no Campus da Unoeste e no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do Bairro Augusto de Paula, em Presidente Prudente, e o projeto “Nascendo para a Liberdade”, que teve início neste ano na recém-inaugurada Penitenciária Feminina de Tupi Paulista. Este último tem como foco específico as reeducandas da unidade, com aulas de costura, artesanato, música, padaria, incentivo ao aleitamento, em um extenso cronograma de atividades.

Graças à extensão das atividades são beneficiários diretos os 8,3 mil servidores em 35 unidades prisionais da região.

Mais informações: http://www.unoeste.br/site/ead/Noticias.aspx?id=5507