Texto normalContraste normalAumentar contrasteAumentar textoDiminuir texto Ir para o conteúdo

11/01/16 | Renato Venturini - CR

CR de Limeira apresenta projeto de controle e monitoramento da dengue que beneficiará todo município

Armadilha de captura do mosquito Aedes Aegypti faz parte de uma pesquisa da Instituição Fiocruz do Estado de Pernambuco

Em coletiva convocada pela direção do Centro de Ressocialização (CR) de Limeira, em parceria com a Assessoria de Imprensa da prefeitura, foi apresentado para a mídia local um projeto de combate ao mosquito Aedes Aegypt, transmissor da dengue. Trata-se de uma armadilha, batizada de BR-OVT, que tem a função de capturar os mosquitos, os ovos e as larvas. Desta forma além de monitorar quais regiões da cidade estão com mais foco da doença, também serão colhidos materiais para embasar uma pesquisa de combate à Dengue que está sendo desenvolvida pelo Instituto Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Estado de Pernambuco.

O equipamento consiste em uma caixa preta (arquivo morto), com um reservatório para dois litros de água, onde é colocado o larvicida biológico Bacillus thuringiensis israelensis (Bti). Esse reservatório é forrado com um véu de tule que tem a função de reter os ovos e as larvas do mosquito, dessa forma o ovo será depositado na água, mas não vai conseguir se desenvolver até a fase adulta ou alada. Além disso, a borda da armadilha é adesiva, pois possui uma cola entomológica para reter os insetos adultos. Segundo a Fiocruz, nesse sistema, as fêmeas do mosquito são atraídas para depositar seus ovos em uma armadilha que reproduz as condições ideais para se reproduzirem, ou seja, uma fossa escura, com água limpa, matéria orgânica e sem odor.

Nessa primeira fase, serão produzidas aproximadamente 300 armadilhas feitas por 15 detentos do CR de Limeira. O material será fornecido exclusivamente pela prefeitura da cidade, sem custo para o CR. Já os detentos que trabalharão na produção não receberão pagamento em dinheiro pelo ofício desenvolvido, mas beneficiados com redução de pena de um dia para cada três de trabalho, com mínimo de seis horas diárias.

O uso da mão de obra dos reeducandos se deve ao fato de que a prefeitura de Limeira não dispõe de profissionais para a confecção das armadilhas. O trabalho dos detentos será supervisionado, além dos agentes de segurança penitenciária, por um técnico da Secretaria da Saúde do município.

O projeto é uma realização da prefeitura de Limeira em parceria com o CR e conta com a autorização das idealizadoras e pesquisadoras Rosângela Barbosa e Morgana Xavier, ambas dos Fiocruz e do Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal e Execuções Criminais da Comarca de Limeira, Luiz Augusto Barrichello Neto.

Para o diretor de Vigilância em Saúde e um dos coordenadores do Comitê de Prevenção e Controle de Dengue em Limeira, Alexandre Ferrari, o método é eficaz e barato. “A armadilha não possui patente para o uso, o que faz do projeto algo de valor acessível e o objetivo do uso da ferramenta é monitorar a infestação do Aedes na cidade. Com isso podemos melhorar a tomada de decisões para as ações de controle do mosquito”, explica.s

Participe da campanha através da #SAPCombateAedes!

aasassa
Topo