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10/11/15 | Eliane Borges – CRO

Penitenciária de Valparaíso aposta em arte cênica para ressocialização

De enredo a cenário, reeducandos produzem peça de conscientização e crítica a mazelas da sociedade

Servidores da penitenciária, Secretaria da Educação e FUNAP prestigiam o evento

A cada entre cenas, uma canção em forma de paródia crítica

Com o intuito de orientar a população carcerária e torná-la multiplicadora entre seus familiares, foi realizada na manhã de quarta-feira (14/10), na Penitenciária de Valparaíso a peça teatral “Entre vírus, bactérias e poluição, ainda canto uma canção”. O enredo, encenado por reeducandos em parceria com o Centro de Trabalho e Educação da unidade prisional, abordou temas atuais como combate à dengue, doenças sexualmente transmissíveis, aquecimento global, poluição e preconceito.

O desenrolar da história se dá em cenário típico de grande metrópole, composta por uma suposta praça, próxima a um terreno baldio. O abandono do local traz preocupação a um morador que decide então, por conta própria, eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. Entre uma cena e outra, o personagem canta paródias de músicas populares em forma de crítica à falta de saúde, moradia e educação e busca enfatizar os sintomas da dengue e as formas de prevenção e erradicação do agente causador.

Em dado momento de descontração surge do “terreno baldio” um grande mosquito falante para picar a plateia, sendo esta composta por reeducandos e servidores da unidade, da Secretaria da Educação e da Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap). Logo depois, tem início uma nova trama com abordagens de doenças como tuberculose, sífilis, HIV e gonorréia, trazendo também reflexão sobre preconceito contra os doentes.

Balanço positivo

O texto e as paródias apresentadas foram escritos pelo reeducando Alípio Jorge Tomaz Neto, 52. Segundo ele, foi uma oportunidade de mostrar que a criatividade pode brotar em qualquer lugar. “Esta unidade nunca havia realizado algo do tipo. Quebramos um paradigma. Funcionários e outros internos também quiseram assistir ao espetáculo e sinalizaram interesse em participar do próximo, que já está sendo planejado”, afirmou Regildo de Brito Caroli, diretor técnico do Centro de Trabalho e Educação.

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