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21/10/15 | Sonia Pestana – Coremetro

Parceria entre Sebrae e PFC abre portas ao empreendedorismo

Projeto piloto Aprender a Empreender visa promover a reinserção no mercado de trabalho

A cerimônia de formatura

Com foco nas dificuldades enfrentadas pelos egressos do sistema prisional do Estado de São Paulo, a Penitenciária Feminina da Capital (PFC) em parceria com o Sebrae-SP, escritório Norte, estruturaram o curso Aprender a Empreender, com objetivo de preparar as sentenciadas para enfrentar o mercado trabalho por meio da gestão de pequenos negócios. No período de 28 de agosto a 1 de outubro, em seis encontros, cerca de 15 sentenciadas participaram das aulas ministradas pela facilitadora de ensino, Cláudia Lourenço.

Segundo Amanda de Cássia Ribeiro, Agente de Segurança Penitenciária (ASP) da unidade feminina e idealizadora do projeto, as mudanças no perfil profissional, decorrentes do alto grau de competitividade e falta de qualificação profissional, tornam o egresso, de um modo geral, um elo fraco e facilmente corrompido pelo mundo do crime. De acordo com ela, essa fragilidade que envolve o tripé educação, qualificação e trabalho é uma realidade no sistema prisional que precisa ser modificada.

Para Amanda, o curso oferece uma oportunidade para as sentenciadas gerenciarem seus próprios negócios, já que quando saem em liberdade não têm grandes oportunidades de trabalho. “O mais importante de tudo isso é que elas não reincidam no crime”, destaca.

O projeto e o Sebrae

De acordo com Alessandro Leite de Lima, gerente Sebrae Capital Norte, as atividades desenvolvidas na unidade prisional são um projeto piloto, que visa destacar o empreendedorismo em cada pessoa, independente de sua condição na sociedade. No seu conteúdo programático estão incluídos o comprometimento empresarial, noções de gestão, com troca de informações e exemplos práticos para análise.

Em sua opinião, as sentenciadas se dedicaram muito às matérias apresentadas. Com o bom resultado alcançado, Lima destaca que a ideia é criar outros módulos e multiplicar o curso para envolver mais reclusas.

Para Cláudia, (facilitadora de ensino) são muitos os sonhos das envolvidas nesse projeto-piloto. Segundo ela, independente dos planos individuais, o ponto principal do curso diz respeito ao comprometimento que deve existir em qualquer área, quer como empregada da saúde, por exemplo, ou como empresária nos mais variados ramos de atividade. “O importante é enxergar as oportunidades, avaliar, expandir e dar o seu melhor”, resumiu.

A sentenciada C.P.S., de 29 anos, foi uma das alunas do curso. Ela destacou que quer mudar o foco de sua vida e empreender. “Com o curso, vi que o primeiro passo é colocar no papel suas metas e não é necessário abrir um negócio próprio, mas inovar, fazer a diferença, se doar e ter atitude a cada dia”, declarou.

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