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02/09/15 | Sonia Pestana - Coremetro

Série de palestras “Brasilzão” em Parelheiros

Patrocinado pela Editora das Artes, os encontros fomentam o conhecimento das belezas naturais, culturais e históricas do Brasil

Detentos reeunidos no local da palestra

Fábio Ávila, da Editora das Artes, desde abril de 2014 vem emprestando sua experiência como viajante para motivar os sentenciados da Penitenciária “ASP Joaquim Fonseca Lopes”, de Parelheiros, à leitura e reflexão. Com fala mansa e repleta de relatos de viagens pelo Brasil afora, o editor já conduziu 14 encontros, denominados de “Brasilzão”, junto a um público calculado de 300 reeducandos dos ensinos fundamental e médio da unidade.

Desde 2004, Ávila vem proferindo palestras para o público em geral de um viajante deslumbrado com as belezas naturais, culturais e históricas do Brasil, porém sob um olhar extremamente crítico sobre os descasos com os patrimônios locais. Segundo ele, a iniciativa surgiu ao ver como os estudantes em geral leem pouco no Brasil e que por isso desconhecem as raízes do país.

Durante suas intervenções, o editor envolve os presentes por meio de perguntas, incentivando a participação do grupo, quer com opinião sobre mercado de trabalho, turismo ou filosofia de vida. Todo participante é premiado com uma publicação, em forma de livro ou revista, com a recomendação de passar para outros após a leitura.

O sentenciado J.C.L. é um assíduo frequentador das palestras de Ávila. Ele relata que a dinâmica dos encontros é repleta de informações que enriquecem seu conhecimento. Em função disso, revela que já ganhou cinco livros por sua participação. “Leio os livros e deixo os exemplares no acervo da sala de leitura da unidade”, destaca.

Deslumbrado com as belezas naturais, culturais e históricas, Ávila já proferiu palestras junto aos mais diversificados públicos, desde o Comando Central da Polícia Militar, em São Paulo, passando pelo Centro Federal de Educação Tecnológica, na Bahia, até a Universidade de Aveiro, em Portugal. Quando indagado dos motivos que o levaram a desenvolver o projeto em uma penitenciária, ele diz que seu objetivo é se libertar do preconceito ao mesmo tempo em que contribui para fomentar a curiosidade e, consequentemente, o crescimento cultural.

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