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10/08/15 | Sonia Pestana - Coremetro

Antigo galpão é reestruturado e abre espaço para educação

Centro de Progressão Penitenciária de Franco da Rocha faz parcerias e transforma área inutilizada em salas de aula

Galpão transformado em sala de aula

O espaço que antes era um depósito de refugo de material reciclável, hoje dá lugar ao novo ambiente de educação do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Franco da Rocha. São 247 m² divididos em quatro salas de aula, com capacidade para 30 alunos, recepção e três sanitários para professores e alunos.

Segundo Anderson Taffo Quirino, diretor do Centro de Trabalho e Educação do CPP, a antiga escola ocupava apenas 180 m² do prédio principal da unidade prisional e era dividida em três salas de pequeno porte. “A necessidade da ampliação veio em função da implantação dos cursos profissionalizantes e porque estávamos localizados no corredor de uma ala da unidade sujeita a movimentação”, justifica.

De acordo com o diretor, havia espaço suficiente para a reestruturação, mas faltava a verba necessária para concretizar as ideias. Quirino relata que o problema financeiro não impediu o sonho, já que, segundo ele, sempre encarou desafios e no CPP não foi diferente. “Iniciamos as obras contando com os materiais de construção disponíveis”, explica. Paralelamente, a direção da unidade buscou viabilizar verbas com o Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação (Grate), na Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana (Coremetro), à época.

Apoio de parceiros

Quirino destacou a importância do trabalho conjunto realizado por ocasião do projeto. Tanto na construção, como no acabamento, o CPP usou uma parte dos materiais de que dispunha em estoque e o restante veio dos recursos disponíveis do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Ao todo, cerca de 30 sentenciados fizeram suas aulas práticas de construção civil, acabamento e pintura na própria obra, em um ano de trabalho.

A parceria firmada com a Coordenadoria de Reintegração Social, da Coremetro, rendeu para a nova escola a mobília necessária, a exemplo de carteiras, mesas e quadro negro. “Quem conheceu a realidade anterior do espaço e vê hoje a mudança que foi feita, sabe que tivemos muito trabalho”, revela o diretor. Contudo, ele destaca que os resultados refletem o esforço conjunto envolvendo a direção da própria unidade prisional, servidores, Grate e Reintegração, ambos da Coremetro, além dos sentenciados.

Inauguração e planos futuros

Desde o dia 9 de abril deste ano, os alunos passaram a utilizar os novos espaços da escola reestruturada. Dentre tantos objetivos, um deles é abrir as salas no período da manhã para cursos profissionalizantes da Fundação Paula Souza e do Pronatec, além de dar continuidade ao Programa de Educação para o Trabalho (PET), da Funap. Já para o período vespertino ficam as aulas do Ensino para Jovens e Adultos (EJA), que hoje mantém 70 sentenciados em sala.

Estiveram presentes na inauguração do espaço Evaldo Barreto dos Santos, diretor da Coordenadoria de Reintegração, representantes da Secretaria da Educação, Diretoria de Ensino, escola vinculadora de Franco da Rocha, Funap, religiosos, servidores de outras unidades prisionais e entidades religiosas. A empresa Nutri-fast cedeu gentilmente um coffee break no evento.

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