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29/06/15 | Sônia Pestana - Coremetro

Encontro de Cinotecnia

Seleção e Formação de Cães Funcionais de Intervenção

Cabo Alves demonstra técnicas de aprimoramento de mordidas

Parte teórica da palestra de cabo Alves

O Grupo Regional de Ações de Segurança e Disciplina (Grasd), da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Metropolitana (Coremetro), promoveu no dia 19 de junho, o encontro de Cinotecnia de Formação de Cães Funcionais de Intervenções, com foco para proteção, obediência, agressividade e faro. A sede do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), no bairro de Santana, em São Paulo, foi o local escolhido para as ações teóricas e práticas. O responsável pelo encontro foi o cabo da Polícia Militar, Gilson Ferreira Alves, com 27 anos de experiência em adestramento de cães.

O evento contou também com os policiais civis André Correia, responsável pelo Canil do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), e Clayton Matinês da Silva, da Guarda Civil Metropolitana de São Caetano do Sul. Por parte da Secretaria de Administração Penitenciária, estiveram presentes cerca de 20 servidores, dentre esses representes do GIR; Grupo de Ações de Sinistro (GAS); Grupo de Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (Graevp) e dos servidores das unidades prisionais da Coremetro que contam com canil, a exemplo dos centros de detenções provisórias de Mauá e Pinheiros I, II e IV, além das Penitenciárias II de Franco da Rocha e Parelheiros.

Vanderlei César de Assis, Diretor do Grasd, destacou a importância do aprimoramento no trabalho com os cães. Segundo ele, é necessário que o funcionário conheça o animal, a exemplo de sua personalidade, principalmente em dias de ações pontuais nas prisões. Atualmente, cerca de 60 cães treinados fazem parte do canil das unidades prisionais envolvidas.

Em sua palestra, cabo Alves abordou o uso de cães nos serviços que envolvam segurança pública. Segundo ele, o treinamento não transforma o animal, mas sim aprimora suas técnicas inatas. “Cão bom e adequado ao serviço requer genética, técnica e tempo”, destacou.

Tanto na exposição teórica como na prática, o policial frisou a importância de ampliar os conhecimentos na lida com o cão. Para ele, o trabalho com esses animais deve ser encarado com prioridade, visto que em suas ações vidas estão envolvidas, sobretudo, a do treinador e do próprio animal.

Durante as demonstrações práticas, deu-se destaque para as técnicas de aprimoramento das mordidas. “Cães bem treinados resultam num melhor rendimento”, revela cabo Alves. De acordo com ele, os animais usados nas unidades possuem basicamente duas especializações: são farejadores e para contenção, por isso a manutenção é coisa séria.

Em termos de reciclagem de conhecimentos, já estão nos planos do Grasd outros encontros. Dentre esses, uma palestra com médico veterinário, tendo como foco o bem-estar do animal durante treinamento e ações práticas.

O Brasil conta atualmente com cerca de 2 mil cães treinados por instituições de segurança. Contudo, diante dos trabalhados realizados por outros países como Colômbia, Canadá, Estados Unidos e Israel, nota-se que é grande a margem de crescimento.

De forma geral, os cães são usados pelas instituições de segurança pública para fins de policiamento ou nas atividades de defesa social, em serviços como buscas de pessoas perdidas, de captura de fugitivos, controle de distúrbio civil, crises prisionais, faro de entorpecentes, artefatos explosivos e até de aparelhos celulares.

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