16/09/11 | Assessoria de Imprensa - SAP e Funap

FUNAP inaugura primeira Oficina-Escola Profissionalizante de Costura Industrial do Estado

O objetivo é capacitar os presos na área de costura industrial e criar mão-de-obra qualificada

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Autoridades descerram a placa inaugural

A inauguração da primeira Oficina-Escola de Costura Industrial no Sistema Prisional Paulista aconteceu no dia 9/9, às 10h, na Penitenciária de Irapuru. A oficina-escola é uma iniciativa da Secretaria da Administração Penitenciária, através da Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel – Funap em parceria com Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai.

Prestigiaram o evento, o coordenador de unidades prisionais da região oeste, Roberto Medina, a diretora executiva da Funap, Lúcia Casali, o diretor do Senai, Sebastião Roberto de Andrade, diretores e funcionários das unidades prisionais da região.

A unidade prisional de Irapuru recebeu o projeto piloto. Situada na região da Alta Paulista, pertencente à Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado de São Paulo, conta com uma população carcerária de 1,2 mil presos, em média, sendo que destes, 134 participam do Programa de Educação promovido pela Funap, distribuídos em nove turmas (duas de alfabetização, cinco de ensino fundamental e duas de ensino médio).

Esta oficina representa o 10º Centro de Produção e Qualificação Profissional voltado exclusivamente à confecção, como parte do Projeto Fabril da Funap que, no interior das unidades prisionais, promove a capacitação profissional de cerca de mil sentenciados/mês, com remuneração de ¾ do salário mínimo, além da remição da pena. Contudo, seu diferencial está na parceria firmada com o Senai em propiciar, concomitantemente, um curso de qualificação profissional de costura industrial, devidamente certificado pela instituição.

O objetivo é capacitar os sentenciados na área de costura industrial e criar mão-de-obra qualificada para o exigente mercado de trabalho, promovendo a geração de renda para os trabalhadores e contribuindo para minimizar suas dificuldades no retorno à sociedade.

O curso tem como característica propiciar a aprendizagem do manuseio de máquinas retas, overloque e ziguezague, tipos de costura (curva e reta), tipos de linhas e agulhas, união de tecidos, além de regulagem dos pontos e acabamento das peças. Durante o curso também são trabalhados aspectos como normas de segurança e saúde no ambiente de trabalho, qualidade, produtividade, noções de planejamento e organização.

A falta de mão-de-obra especializada na área de confecção preocupa empresários do setor, por isso, a capacitação profissional é apontada como solução. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), há um déficit de costureiras qualificadas.

O critério de formação das turmas deve seguir o pré-requisito da progressão de regime, ou seja, sentenciados que estão no lapso do semiaberto ou que já cumprem esse regime na unidade prisional.

As turmas são formadas com 16 alunos cada, podendo ocorrer até duas turmas por dia. O curso é organizado em 160 horas presenciais, com três horas diárias. As aulas tiveram início em 11/7 e beneficiou 32 presos que, além da capacitação, receberam uma bolsa no valor de R$ 200,00.

O Senai qualificou um funcionário da Funap para ser o instrutor permanente dos alunos, o qual passará as informações aos presos da Oficina-Escola de Costura Industrial de Irapuru.