23/08/13 | Nathalia Malaquim - Assessoria de Imprensa - SAP

Croeste tem três programas finalistas no Prêmio Innovare 2013

As práticas abrangem não só os reeducandos como também os servidores penitenciários

Consultor do Innovare em visita na Croeste

A Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste (Croeste) recebeu no dia 29/07/2013 o consultor do Instituto Innovare, Thiago Alberto Zoratti. O objetivo da visita foi verificar os três projetos desenvolvidos na região que são finalistas do Prêmio da instituição em 2013. A premiação visa identificar, premiar e disseminar práticas inovadoras realizadas por magistrados, membros do Ministério Público Estadual e Federal, defensores públicos e advogados de todo o Brasil. A ultima edição teve como tema “Desenvolvimento e Cidadania” e foi realizada em 07/11/2012.

Para o coordenador da Croeste, Roberto Medina, o fator primordial de sucesso dessas ações é o estreito canal de relacionamento que Lourival Gomes, secretário de Administração Penitenciária, mantém com outros órgãos públicos e poderes governamentais. Através de uma gestão transparente, ética e responsável, esse canal constante de comunicação tem possibilitado a SAP, desenvolver parcerias com outras instituições e também com o Poder Judiciário.

Dos programas classificados para análise da consultoria do Instituto Innovare, dois são desenvolvidos na sede da Croeste. O Programa “Arte do Servir - Promovendo Justiça e Direitos Humanos para Servidores Prisionais”, atende os profissionais vítimas de situações de violência e é focado em diagnosticar a saúde física, psíquica e social. Com ações voltadas para essas áreas, a intenção é gerar a valorização do individuo no trabalho e a sua sociabilidade.

Já o Programa “Promoção da Responsabilidade Social e Cidadania nos Ambientes Prisionais”, tem como intuito o bem estar no emprego. Conta também com a Comissão Interna de Prevenção a Acidentes para garantir ao funcionário público um local de qualidade.

Desenvolvidos e orientados pelo Lincoln Gakiya, promotor de Justiça, e coordenados por Alessandro Aparecido Rampasso, agente de Segurança Penitenciária e Fabiana Minzoni Rocha, psicóloga, os projetos têm facilitado as ações de Justiça e Direitos Humanos junto aos servidores penitenciários, gerando o reconhecimento social através de ações que são desenvolvidas com as populações e na elaboração de parcerias com instituições filantrópicas.

O terceiro programa classificado é desenvolvido na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, o Projeto Nascendo para a Liberdade conseguiu em pouco tempo tornar-se uma ferramenta importante para assegurar os direitos das crianças nascidas no cárcere. Segundo a diretora da unidade, Adriana Alkmin, a parceria com o Poder Judiciário e com o conselho tutelar através da Vara da Infância e da Juventude e do Ministério Público, tem potencializado o apoio nas ações.

O projeto tem como objetivo incentivar a autonomia desses recém-nascidos. Através de atividades que são feitas a partir dos quatro meses de vida, eles são direcionados para desenvolver habilidades motoras, emocionais e sociais. Para isso, os profissionais da penitenciária cantam, conversam e estimulam o bebê a engatinhar. Assim, contribuem para o crescimento de suas aptidões, possibilitando uma seguridade capaz de aprimorar o crescimento infantil de forma saudável e com o menor risco de vulnerabilidade social.

Para o juiz da Vara da Infância e Juventude Moyses Harley Alves Coutinho Oliveira, ao acolher a criança precisamos garantir seus direitos, reduzindo as possibilidades de criá-la sem condições de um desenvolvimento digno. Rompe-se então o preconceito que busca a todo o momento inferiorizar e condenar os filhos de presos. Ele destaca também que é dever dos poderes públicos constituídos garantir de forma participativa e colaborativa os direitos desses recém-nascidos.