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01/04/24 | Sonia Pestana - Coremetro  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Unidades prisionais da capital e Grande SP se unem no combate ao mosquito transmissor da dengue

Ações incluem capinagem e checagem das tampas de caixas d´água

Os meses quentes e chuvosos contribuem para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, o principal transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Nesse sentido, estabelecimentos penais da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro) implantaram medidas práticas de controle do mosquito e que envolveram ações conjuntas entre servidores e reclusos.

Uma maneira que os dirigentes das unidades encontraram foi a manutenção periódica dos espaços externos, fazendo uso da capinagem, remoção de entulhos e lixo, além da checagem planejada de calhas e tampas de caixa d’água que ficam no teto das construções. Outras medidas incluem o uso de hipoclorito de sódio em várias áreas, dos ralos até a aplicação do produto na lavagem de celas e pátios.

Para Eliane de Souza, Diretora Técnica de Saúde do Centro de Detenção Provisória (CDP) II “ASP Paulo Gilberto de Araújo” Chácara Belém, as ações de prevenção de doenças envolvem um processo de educação continuada que precisa ser realizado de forma permanente. “É sempre mais fácil realizar a prevenção do que o tratamento”, destacou.

Igual medida foi tomada no CDP de Santo André. A unidade optou por promover um mutirão de limpeza no entorno do estabelecimento penal. A equipe de manutenção e os reclusos que exercem atividades laborterápicas na unidade foram partes importantes da força tarefa. Paralelamente a isso, o CDP promoveu o recolhimento de diversos materiais que se encontravam no pátio externo para posterior descarte. Os itens recolhidos foram encaminhados ao Eco Ponto do município de Santo André.

Ferramenta

O CDP “ASP Nilton Celestino” de Itapecerica da Serra promoveu a campanha de combate à dengue visando a conscientização e a prevenção. Para isso, a diretoria técnica contou com a parceria da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e com as demais áreas da unidade prisional para realizar ações com os servidores e custodiados do regime semiaberto e ala de trabalho sobre os cuidados a serem tomados.

Atitude semelhante vem tomando o CDP II “ASP Willians Nogueira Benjamin” de Pinheiros no combate à proliferação do mosquito. Para o dirigente, André Luiz Santini Bisterso, a prevenção da dengue reforça a importância de manter um ambiente limpo e organizado não apenas para garantir a ordem dentro das instalações, mas também para proteger a saúde e o bem-estar de todos.

Já o CDP III de Pinheiros promoveu palestras educativas para os detentos. O objetivo, segundo o diretor geral, Evaldo Barretos dos Santos, é transformá-los em multiplicadores das boas práticas de prevenção e combate à dengue, dentro e fora das instalações da unidade prisional. Ele acredita que a capacitação dos reclusos conscientiza a população prisional sobre a importância da ação.

Na mesma linha da conscientização, a diretoria do CDP “Dr. Calixto Antônio” de São Bernardo do Campo optou por capacitar 12 reclusos que servirão como agentes de saúde da ação. Para tanto a unidade promoveu a exibição de um vídeo institucional, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O diretor geral do CDP entende que toda ação gera uma transformação. “Orientando a população prisional, evitaremos problemas no ambiente carcerário e fora dele”, declarou o dirigente, Marcelo Cabianca Chicalé.

Igual procedimento adotou o Centro de Progressão Penitenciária “ASP Moisés Marcos Braga” de Franco da Rocha. A unidade reuniu os agentes de saúde, como são classificados reclusos selecionados, para uma roda de conversa com a finalidade de conscientizar a população prisional acerca da prevenção e cuidados necessários para evitar a multiplicação da doença.

Mutirão de limpeza

No Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de São Miguel Paulista servidores e reeducandas uniram forças na limpeza de calhas e grades de esgoto para eliminar o acúmulo de água. Paralelamente a isso, a unidade também fez uma vistoria nos vasos de plantas para identificar possíveis focos de criadouro do mosquito.

Igual iniciativa teve o CDP II de Guarulhos. Calhas, ralos e caixas d’água receberam cloro em sua limpeza.

A Penitenciária “ASP Joaquim Fonseca Lopes” de Parelheiros estabeleceu em janeiro o dia “D” de Combate à Dengue. A ação envolveu a entrega de panfletos informativos e um mutirão de limpeza na unidade prisional. Segundo o diretor geral da penitenciária, Cristian Júnior Zago da Silva, a realização do dia “D” cumpriu o papel duplo de informar e conscientizar o corpo funcional.

A Penitenciária II “Nilton Silva” realizou uma força-tarefa de combate aos possíveis focos do mosquito transmissor da dengue. Dentre as medidas adotadas está o cuidado com os pneus, tambores e demais objetos que possam servir de criadouro para o mosquito. Todas as atividades foram executadas por agentes da unidade prisional.

Os servidores do Centro de Detenção Provisória II (CDP) “ASP Vanda Rita do Rego” de Osasco também ajudaram, vistoriando o perímetro da unidade prisional no combate à dengue.

Demais iniciativas

O Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mauá adotou a intensificação na rotina de combate a focos da dengue. Paralelamente a isso, investiu na conscientização com cartazes e informativos distribuídos pelos murais.

O CDP utiliza impresso com roteiro de checagem. O documento lista pontos a serem vistoriados periodicamente por toda a unidade prisional. Paralelamente a isso, em caso de irregularidade, adota-se providências para intensificar o combate.

Investindo na informação, um bom exemplo vem do CDP I “Éderson Vieira de Jesus” de Osasco que optou por orientar os servidores sobre a ação de combate à dengue por meio de cartazes informativos. Para isso, foram colocados materiais informativos sobre o tema nos murais da unidade.

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