Texto normalContraste normalAumentar contrasteAumentar textoDiminuir texto Ir para o conteúdo

23/02/24 | Sonia Pestana - Coremetro  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Torneio de vôlei marca Dia da Visibilidade Trans em unidade prisional

CDP de Pinheiros II dá mostra de ressocialização e respeito ao apoiar evento esportivo com reeducandas LGBTQIAP+

O Dia da Visibilidade Trans foi lembrado em ação promovida pela direção geral do Centro de Detenção Provisória (CDP) II “ASP Willians Nogueira Benjamin” de Pinheiros. O estabelecimento penal é subordinado à Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo, sob gerência da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). A data foi comemorada em 29 de janeiro.

Mantendo a tradição da unidade prisional de respeito às reclusas que se identificam LGBTQIAP+, e como forma de promover a reintegração ao sistema prisional e à sociedade, o CDP deu apoio ao torneio de vôlei e queimada entre esse público.

Para o diretor geral, André Luiz Santini Bisterso, a iniciativa vai além de uma ação de esporte. De acordo com ele, estão envolvidos atos de ressocialização e respeito pelas identificações de cada pessoa. “O torneio de vôlei foi mais do que uma competição esportiva; foi um passo em direção à construção de um ambiente inclusivo e respeitoso dentro do sistema de reeducação”, afirmou.

Bisterso reconhece que o Dia da Visibilidade Trans traz um convite à reflexão sobre a importância de implementar ações que promovam a inclusão, respeito e proteção dos direitos das reeducandas LGBTQIAP+. “Ao apoiar iniciativas como essa, contribuímos para a construção de um sistema prisional mais humano e uma sociedade mais justa e igualitária”, declarou.

O evento contou com a presença do Promotor de Justiça de Execuções Criminais da Capital, Marcos Lúcio Barreto. O magistrado participou da entrega dos prêmios à equipe vencedora do torneio de vôlei e também prestigiou a apresentação do coral formado por presas trans.

Durante o evento, Bisterso destacou ainda que a proteção dos direitos fundamentais das reeducandas LGBTQIAP+ é essencial para garantir um tratamento justo e equitativo. Para ele, “isso envolve o acesso adequado a cuidados de saúde, incluindo serviços de saúde mental, e a proteção contra qualquer forma de discriminação, seja ela baseada em orientação sexual, identidade de gênero ou qualquer outra característica”.

Ainda, para Bisterso, investir em programas educacionais e profissionalizantes específicos para esse público também desempenha um papel crucial na reintegração social bem-sucedida. Segundo o diretor, tais ações podem proporcionar às detentas oportunidades de aprendizado e desenvolvimento de habilidades, preparando-as para uma vida pós-prisão produtiva.

Organização do evento

O evento reuniu participantes de diferentes orientações sexuais e identidades de gênero que estão custodiados no mesmo raio habitacional. Os times foram formados por reeducandas LGBTQIAP+ e competiram em uma atmosfera de respeito mútuo, promovendo a quebra de estereótipos, fortalecendo a compreensão e a empatia entre todos, segundo relato de participantes.

O time vencedor foi honrado com prêmios cuidadosamente selecionados por servidores comprometidos com a ação. Para esses funcionários, o evento serviu de exemplo sobre o muito que se pode fazer na jornada da ressocialização.

aasassa
Topo