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29/01/24 | Amanda de Oliveira - CRC  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Meditação é uma das atividades de reintegração social na PI de Itapetininga

Atividades ocorrem de forma online em parceria com o Instituto Ação Pela Paz

A prática de meditação vem sendo muito utilizada para cuidar de doenças da mente. Essa prática milenar ajuda a promover a concentração e o autoconhecimento, levando o indivíduo a perceber e compreender melhor o momento atual, observar os seus pensamentos e emoções. Segundo o Portal Saúde, a meditação tem sido associada a vários benefícios como melhor gestão e redução do estresse e da ansiedade, melhora a qualidade de sono, aumenta a concentração, reduz dores crônicas e até aumenta a empatia e compaixão.

Sendo assim, as unidades prisionais têm adotado essa prática para contribuir com o processo de recuperação da pessoa privada de liberdade. A Penitenciária “Jairo de Almeida Bueno” de Itapetininga I é mais uma das prisões da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Central (CRC) que disponibiliza a prática de meditação e palestras por meio do programa Semear, com o Instituto Ação Pela Paz.

Tais atividades acontecem de forma online focadas no desenvolvimento de recursos internos para conquistarem um maior equilíbrio emocional, físico e espiritual. As atividades incluem, além das palestras online, a troca de cartas entre reeducandos e voluntários do projeto. É a oportunidade que os participantes têm de refletirem sobre as consequências de suas ações, sobre os próprios sentimentos, sobre suas emoções, sem medo de julgamentos ou críticas.

O reeducando G.R.N.M, de 22 anos, um dos participantes, foi condenado a cinco anos de reclusão, dos quais cumpriu um ano. Para ele, a oportunidade ajudou a lidar melhor com a ansiedade.

“Participar das palestras tem me ajudado no meu cotidiano, na convivência com os meus companheiros, além de me ajudar a ter o controle da minha ansiedade e pensar mais antes de falar. Hoje, eu me sinto com paz no coração, paz espiritualmente e, principalmente, paz com Deus”, diz o participante.

Já para H.S.C, de 33 anos, foi difícil acreditar que parceiros se reuniram para conceder tal oportunidade para os encarcerados. Ele cumpre pena há quase seis anos, e ainda falta pouco mais de quatro para se libertar da prisão. Nesse período, ele aproveita as oportunidades para investir em autoconhecimento e controle das emoções por meio das atividades realizados no projeto Paz no Coração, Liberdade na Prisão. “Eu já senti um impacto desde o princípio. Não esperava que essa oportunidade de confiança surgiria para um preso. Sinceramente, não esperava que alguém em algum lugar do mundo pudesse acreditar na nossa mudança. E com a oportunidade de participar do projeto eu percebi que não estamos tão sozinhos como pensamos”.

O que é o Semear - O Projeto foi criado em setembro de 2014 pela Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo e pela Corregedoria Geral da Justiça, em parceria com o Governo do Estado, por meio da SAP. A iniciativa busca mais efetividade na recuperação dos reeducandos, egressos e suas famílias.

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