Texto normalContraste normalAumentar contrasteAumentar textoDiminuir texto Ir para o conteúdo

18/01/24 | Amanda de Oliveira - CRC  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

CRC ultrapassa 237 mil atendimentos nas Jornadas de Cidadania, Trabalho e Renda

Em um desses eventos, dois casais formalizaram a união durante a Jornada na Penitenciária II de Capela do Alto

A Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Central (CRC) alcançou a marca de 237.189 atendimentos nas áreas de saúde, jurídica, capacitação profissional, elaboração de documentos pessoais, desenvolvimento pessoal e também assistência religiosa voltadas para a pessoa privada de liberdade, no ano de 2023. A iniciativa faz parte da Jornada da Cidadania, Trabalho e Renda – uma realização da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC), também subordinada à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

O objetivo do projeto é oferecer aos reeducandos do sistema penitenciário paulista um conjunto de serviços essenciais, trazendo um mutirão de ações para fornecer importantes ferramentas na retomada da vida em liberdade.

Segundo a Coordenadora da CRSC, Carolina Passos Branquinho Maracajá, a Jornada visa potencializar o acesso aos direitos, aos serviços essenciais que levam as pessoas privadas de liberdade, egressas e cumpridoras de alternativas penais e seus familiares a garantir oportunidades e promover a cidadania.

Maracajá ainda afirma que a realização das Jornadas da Cidadania Trabalho e Renda nas unidades prisionais e de atendimento – Centrais de Atendimento ao Egresso e Família (CAEF) e Centrais de Penas e Medidas Alternativas (CPMA), faz com que as equipes busquem, mantenham e fortaleçam suas redes de apoio.

“É uma forma de intervenção social planejada que busca situações desafiadoras e que necessita de formação de rede, articulando representantes de diversos setores locais, integrando este circuito e, sobretudo, planejando ações de forma participativa para o público em questão”, encerra a coordenadora.

A SAP estabelece que todas as unidades prisionais do estado de São Paulo devem oferecer ações de reintegração social aos reeducandos por meio das Jornadas.

Para Luiz Fernando Boteon, coordenador da CRC, “a missão da SAP vai muito além da custódia das pessoas privadas de liberdade. Essa missão prima pela busca constante em proporcionar condições dignas e adequadas das medidas impostas, sempre em benefício do processo de ressocialização dessas pessoas e da própria sociedade em geral”.

Na CRC, responsável por 40 unidades prisionais, o mutirão aconteceu em 100% das unidades, com a realização de 64 Jornadas nos regimes fechado e semiaberto. Bruno Mufalo, diretor do Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação (Grate), embasa a ressocialização em três pilares: “autorresponsabilidade, ação e espiritualidade. As Jornadas da Cidadania, Trabalho e Renda consolidam esses alicerces, assegurando um caminho robusto para a reintegração plena na sociedade”.

Desde quando começou, em 2015, em todo o Estado já são mais de três milhões e meio de atendimentos na Jornada da Cidadania, Trabalho e Renda.

Amor na Jornada

Engana-se quem pensa que o mutirão é apenas para as atividades já mencionadas. A CRC registrou a união matrimonial de dois casais. A cerimônia ocorreu na Penitenciária “Dr. Ênio Mendes Júnior”, Capela do Alto II, onde celebraram o amor na Jornada em novembro passado. Além dos casamentos, a unidade registrou 13.743 atendimentos sociais para os reeducandos.

Foi lá que M.H.C.C, de 22 anos de idade, conheceu a sua amada. Era um final de semana comum quando o colega de cela lhe apresentou a irmã, que tinha ido visitá-lo. Um tempo depois, no sábado à tarde, durante a visita, a mulher foi pedida em casamento.

“Ela e o filho dela mudaram a minha motivação de vida e planos para o futuro. Ter uma família me incentivou. Eu comecei a fazer cursos e trabalhar como monitor no curso de barbearia pelo Instituto Ação pela Paz (IAP). Ela me mostrou um novo tipo de vida”, diz o encarcerado.

Já o reeducando J.C.M.P, de 29 anos, conheceu sua pretendente no bairro em que morava quando estava em liberdade, por meio da tia dela. Eles estão juntos há seis anos e selaram a união no mesmo dia que M.H.C.C.

aasassa
Topo