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20/12/23 | Caio Daniel - CRN  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Penitenciária Feminina de Pirajuí é vencedora da 2ª edição do Prêmio Rompa

Projeto Amor + realiza rodas de conversa com as presas sobre temas como respeito e responsabilidade afetiva, para que elas identifiquem e rompam com relacionamentos abusivos

No dia 14 de dezembro, representantes da Penitenciária Feminina “Sandra Aparecida Lário Vianna” de Pirajuí estiveram no Palácio da Justiça, no centro de São Paulo, para receber o troféu da 2ª Edição do Prêmio Rompa. A premiação visa destacar ações no Estado de São Paulo que “incentivem o rompimento do ciclo da violência contra mulheres, sejam de conscientização, orientação, prevenção ou acolhimento”.

A unidade prisional foi a primeira colocada na categoria entidade pública, com o projeto “Rodas de Conversa: Amor +”, que tem como objetivo conscientizar a mulher presa sobre os principais tipos de violência, para que ela possa identificar e romper com esse ciclo. Para isso, são realizados encontros com as reeducandas que abordam responsabilidade afetiva, respeito e conhecimento.

De acordo com a diretora-geral do estabelecimento penal, Graziella Fernanda Rodrigues Costa, a iniciativa ajudou a diminuir o número de faltas disciplinares dentro do presídio. “Percebemos que os conflitos de relacionamentos começaram a diminuir após o início do projeto. Trouxemos psicólogos, terapeutas e advogados para atender essas mulheres com o intuito de conscientizá-las acerca da violência e da passionalidade. Esse é o papel do sistema prisional: promover reintegração social para que as internas retornem transformadas ao convívio social”, explicou.

Raphael Aruth, diretor do Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde (Cras) do presídio e um dos idealizadores do Amor +, ensina que a iniciativa teve impacto positivo no dia a dia das mulheres encarceradas. “Provavelmente, por conta da metodologia acolhedora adotada, o projeto teve boa receptividade e surtiu modificação no comportamento das sentenciadas, visto a diminuição das faltas disciplinares ocasionadas por conflitos de relacionamentos homoafetivos na unidade penal”, pontuou. Para ele as rodas de conversa e as intervenções psicológicas individuais também contribuíram para a resolução dos atritos e quebra dos ciclos de violência.

NÚMEROS

A ação já atendeu mais de 400 participantes desde o início, em janeiro de 2023, e pretende atingir mais internas nesse próximo ano: “Queremos promover valorização da autoestima e autoconhecimento para essas mulheres; isso é o Amor +: fazer com que as reeducandas entendam que o amor tem o poder de transformar e trazer esperança”, destacou Graziella.

A iniciativa conta com apoio da Coordenadoria da Unidades Prisionais da Região Noroeste (CRN) e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

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