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11/12/23 | Amanda de Oliveira - CRC  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Grafiteiro Zezão dá cor a presídio do Estado de São Paulo

Houve novo colorido na quadra e na biblioteca

O Centro de Ressocialização (CR) de Sumaré passou por reforma e está de cara nova para promover a reintegração social dos apenados e ainda ofertar melhores condições de trabalho para os servidores. O novo colorido foi feito pelas mãos do artista plástico Zezão, que tem suas obras espalhadas em cidades do mundo. A intervenção artística foi realizada voluntariamente no muro da quadra de esportes.

A unidade também ganhou um toque especial da muralista e ilustradora Júlia Harumi, que pintou a bibloteca. Além da ampliação do local, a unidade passou a contar com uma barbearia e teve a revitalização em parceria com o Instituto Ação Pela Paz (IAP) e Igreja Universal.

De acordo com o diretor do CR, Elizeu Oliveira, “vislumbrou-se a necessidade de adequações, melhorias e criação de novos espaços para proporcionar maior dignidade à população reclusa de liberdade”.

Ainda de acordo com o diretor, já é possível perceber os impactos positivos após a revitalização da biblioteca e demais ambientes. “Considerando as ações que foram realizadas no espaço de leitura, observamos os efeitos positivos resultando em um aumento de até 70% na procura por livros”.

As cores têm bastante influência sobre as nossas vidas. De acordo com site Precisão Consultoria, a sua utilização correta é um importante aliado para o equilíbrio dos ambientes e daqueles que os habitam, sendo gerador de bem-estar, o que eleva a autoestima e reduz o stress, além de facilitar a comunicação e aumentar a produtividade, eliminando ansiedade, angústia e depressão.

Para o reeducando C.R.O, formado em História, a biblioteca se tornou um local muito mais agradável após a revitalização. “Eu sempre gostei de ler, mas o gosto ficou maior quando eu entrei no sistema prisional, mas a antiga biblioteca não favorecia muito. Mal cabia duas pessoas. Após a reforma, o espaço foi ampliado, ganhou mesas e cadeiras para leitura de até oito reeducandos, passou a ter livros variados proporcionando um ambiente convidativo para a leitura. Logo, a busca pela leitura aumentou, em especial, pelos presos do regime fechado”, encerra o encarcerado.

Saiba mais - Zezão começou na década de 1990 a ocupar com os seus grafitis espaços da cidade de São Paulo. Inspirado e motivado pela arte de Jean-Michel Basquiat, Zezão sentiu-se reforçado no impulso de abandonar as vias tradicionais para com sua arte, percorrer novos caminhos. Passou a trabalhar em paredes de canais de esgoto e de galerias de águas pluviais, entre dejetos acumulados em casas abandonadas, em becos desertos e em vãos debaixo de viadutos, atraindo a atenção para paisagens urbanas insólitas, as quais muita gente não quer ver nem saber. (fonte: /www.zezaoarts.com.br)

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