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08/12/23 | Assessoria de Imprensa - SAP  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Reeducandas participam de concurso de desenhos e frases promovido pelo Poder Judiciário

Trabalhos das reclusas da Penitenciária de Tupi Paulista tiveram como tema a violência contra a mulher

Reeducandas do regime semiaberto da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista participaram do 2º Concurso de Desenhos e Frases 2023: “Vivências e Diversidade no Olhar”. O evento faz parte da programação da 5ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, iniciativa promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com Tribunais de Justiça de todo o país.

As presas produziram 31 desenhos e 42 frases com um tema que abordou a violência contra a mulher. Foram premiados 12 trabalhos em cada categoria. As obras vencedoras estão impressas em um calendário da Justiça para 2024.

O “Calendário da Vida 2024” foi idealizado pela Juíza de Direito da Comarca de Adamantina, Ruth Duarte Menegatti, e segue as diretrizes do Roteiro Único de Trabalho Humanizado, um programa de Educação Integrativa, pautada na cidadania e Direitos Humanos.

O projeto realizado em parceria com a unidade prisional conta com a participação da psicoeducadora Denise Alves Freire, da Assessoria Integrativa e do Promotor de Justiça Marlon Roberth de Sales. “Percebemos a interferência das relações na conduta e comportamento das pessoas, pois pelo fato de não terem tido uma base familiar e social adequadas, muitas vivenciaram de perto a violência doméstica, seja por viver em um ambiente familiar onde presenciava violência a familiares ou mesmo por elas mesmas terem sido as próprias vítimas, disse Ruth.

“Através da criação e transformação de desenhos e frases, as mulheres aprenderam a superar desafios, a elaborar suas emoções e a ressignificar suas experiências. Esse processo envolveu a revisitação de crenças antigas e a incorporação de novos valores, promovendo o crescimento pessoal e a consciência do impacto de suas ações”, considerou a psicoeducadora Denise Alves Freire.

Para a diretora técnica da penitenciária, Adriana Alkmin Pereira Domingues, o projeto foi uma prova concreta de como a educação pode ser uma poderosa ferramenta na luta contra a violência de gênero. “Ele mostrou que é possível transformar a realidade por meio da valorização da vida, do respeito e da construção de valores fundamentais e, acima de tudo, reafirmou a importância de acreditar na capacidade de transformação de cada indivíduo e da sociedade como um todo”, destacou.

Solenidade

Os trabalhos produzidos foram avaliados em temática, mensagem, criatividade e originalidade. As certificações e premiações ocorreram em 30 de novembro na unidade prisional.

O evento contou com a presença das reeducandas vencedoras, servidores e de Ruth Duarte Menegatti – Juíza da Comarca de Adamantina, Alexia Domene Eugênio – Juíza da Comarca de Tupi Paulista; Irmes Mary Moreno Roque Mattara – Dirigente Regional de Ensino da Região de Adamantina, Ariane Mazzo Jose - chefe do Cartório Eleitoral de Adamantina; Rafaela Alves do Carmo – vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Dracena, além dos representantes da área da educação, Maria Aparecida Clara, Vilma Scalizze e Antonio Luciano Caetano.

Prêmio ROMPA

A 1º Edição do Calendário da Vida: “Direito a uma vida livre de violência”, realizado com as reeducandas do regime semiaberto da Penitenciária da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista em 2021 foi inscrito por Ruth na categoria Magistratura e está entre os finalistas do Prêmio Rompa.

Os vencedores do 2º Prêmio Rompa TJSP/Associação Paulista de Magistrados serão conhecidos no dia 14 de dezembro, em cerimônia que será realizada na sede do Palácio da Justiça, no centro da capital paulista.

O que é: O Prêmio Rompa tem o objetivo identificar e divulgar projetos de combate aos diversos tipos de violência. Trata-se de uma parceria entre o Tribunal de Justiça de São Paulo e a Associação Paulista de Magistrados para reconhecer ações que se destaquem na conscientização, orientação, prevenção ou acolhimento às vítimas no estado de São Paulo. (Fonte: TJSP)

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