Texto normalContraste normalAumentar contrasteAumentar textoDiminuir texto Ir para o conteúdo

27/09/23 | Sarah Fonseca - CRSC  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

CRSC celebra o Dia da Psicologia

O evento recebeu profissionais da psicologia para discutir e promover a importância do trabalho na garantia dos direitos penais

Em homenagem ao Dia da Psicologia, a Coordenadora de Reintegração Social e Cidadania (CRSC), por meio do Grupo de Ações de Reintegração Social (GARS), realizou, no último dia 29 de agosto, um evento para discutir o exame criminológico na prática dos direitos humanos e os desafios enfrentados pela psicologia na execução penal.

A mesa foi composta pelo professor e pesquisador do Instituto de Psicologia da USP e editor da Revista de Psicologia da USP, Gustavo Martineli Massola, e pela Diretora do GARS, Maria Aparecida Gobato Lopes Castro, que compartilharam suas experiências sobre o assunto e discutiram quais medidas podem ser tomadas para conciliar o trabalho desenvolvido por psicólogos na interlocução com o Judiciário.

Na abertura do evento, a Coordenadora da CRSC, Carolina Passos Branquinho Maracajá, salientou a importância desses profissionais e do trabalho realizado dentro e fora do âmbito da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). “É com gratidão e respeito que nos reunimos para reconhecer a relevância desses profissionais que desempenham um papel fundamental na área da psicologia, especialmente aqueles que dedicam sua expertise à Secretaria da Administração Penitenciária. Eles não apenas contribuem para aqueles que estão ou estiveram em contato com o sistema penal, mas também oferecem um suporte valioso aos servidores que lidam com obstáculos diariamente”, pontuou.

O exame criminológico é uma das práticas desenvolvidas no ambiente do sistema prisional, desempenhando um grande papel na tomada de decisões relacionadas ao direito à progressão de pena da execução penal.

Para Gustavo Martineli Massola, os desafios enfrentados pelos profissionais de psicologia nas unidades prisionais podem ter cargas menores quando estão em ambientes planejados prezando pelo bem-estar de todos os indivíduos. “Através da Psicologia Ambiental, é crucial que ampliemos nossos horizontes profissionais. Não devemos nos limitar ao campo da saúde mental, mas desempenhar um papel significativo no planejamento e concepção desses espaços. É fundamental fornecer aos profissionais da psicologia as condições materiais e educacionais adequadas para que possam compartilhar suas experiências e disseminar as inovações técnicas e científicas. Isso representa uma valiosa contribuição dos psicólogos para o avanço da psicologia no Brasil", ressaltou.

A execução penal apresenta inúmeros desafios, especialmente quando se trata do direito à progressão da pena da pessoa presa. A neuropsicóloga e Diretora do GARS, Maria Aparecida Gobato Lopes Castro, abordou a complexidade de lidar com a elaboração de documentos que exigem aprofundamento tanto na área da psicologia, quanto das implicações e efeitos da prisão na sociedade, enfatizando o aspecto da importância do direito de defesa como princípio de toda análise do processo. Ela enfatiza a necessidade de programas de intervenção que considerem a avaliação psicológica como um elemento essencial na promoção da reinserção social de forma humanizada.

“Em termos de teoria e prática de políticas e premissas da psicologia, precisamos discutir a legislação e potencializar o fazer da psicologia para que seja nos parâmetros da prática dos direitos humanos. O princípio fundamental do nosso código de ética, da psicologia, afirma que o “psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos”, disse Maria Aparecida. Portanto, essa é uma premissa que devemos cumprir em qualquer lugar que a profissão estiver atuando. Dentro da perspectiva do que pode a psicologia no sistema prisional, nós podemos analisar a questão do processo de aprisionamento, o efeito da prisão e a função da prisão, tanto no campo da psicologia social como no campo das subjetividades”, reforçou Maria Aparecida

As reflexões trazidas durante o evento ofereceram trocas valiosas sobre como a psicologia pode contribuir para a tomada de decisões mais coerentes e contou com média de participação de 160 profissionais no formato on-line e 50 no presencial.

aasassa
Topo