26/09/23 | Daisyane Mendes – Corevali |
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Unidade prisional acolhe mais uma atividade voltada para a ressocialização de detentos por meio do trabalho
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Detentos preparam materiais para a confecção de blocos semiestruturais
O Centro de Detenção Provisória (CDP) “Dr. Félix Nobre de Campos” de Taubaté conta com mais uma iniciativa em prol da reintegração social de pessoas privadas de liberdade. Uma parceria do CDP com o Conselho da Comunidade de Taubaté possibilitou a instalação de uma fábrica de blocos de construção civil dentro do estabelecimento penal.
A ideia do projeto surgiu da necessidade de criação de uma vertente de trabalho para os presos provisórios do CDP, já que a estrutura física da unidade não possui espaços específicos para práticas de laborterapia. A fábrica ainda ajuda a suprir a demanda de blocos para reformas pontuais no centro de reclusão. Com o apoio do Conselho da Comunidade, vinculado ao Poder Judiciário, o trabalho conquistou a remição de pena para os reclusos envolvidos (três dias trabalhados geram um dia remido na pena).
Hoje, seis detentos atuam na ação que já abraçou cerca de 70 reeducandos. A atividade acontece desde dezembro de 2019 e consegue manter uma produção diária de 240 blocos semiestruturais. Aqueles que são selecionados para o trabalho recebem orientação sobre todo o processo de confecção dos blocos, incluindo a manipulação da matéria-prima, moldagem, compactação, cura, desmoldagem, cura adicional, armazenamento e distribuição.
O diretor geral do CDP de Taubaté, Cláudio José do Nascimento Brás, explica que para as pessoas encarceradas, o projeto representa uma oportunidade para adquirir novas habilidades profissionais, ocupar o tempo de maneira produtiva e melhorar as perspectivas futuras de emprego. “Buscamos preparar esses indivíduos para a vida fora da prisão, minimizando a possibilidade de reincidência e promovendo uma transição bem-sucedida de volta à sociedade. Além das questões técnicas e sociais, são desenvolvidas também habilidades de comunicação, trabalho em equipe e resolução de conflitos. Tudo isso proporciona um senso de realização e produtividade dentro do ambiente carcerário, o que é muito positivo”, avalia.
Além do Gatil
A união com o Poder Judiciário da região já obteve bons resultados anteriormente, com o gatil, instalado na mesma unidade prisional. Com o suporte da prefeitura do município, animais abandonados encontram abrigo, carinho e cuidados pelas mãos dos reeducandos. Para Márcia Toledo, membro do Conselho da Comunidade de Taubaté, a fábrica de blocos é mais uma parceria de sucesso. “A resposta tem sido muito positiva. Os presos estão muito contentes por sair da cela, poder trabalhar e sentir que são produtivos. Estão aprendendo uma profissão nova e com isso estão imensamente agradecidos. É uma satisfação, um presente muito grande ver esse projeto inédito tão promissor dentro de um CDP”, diz Márcia.
