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31/08/23 | Sonia Pestana - Coremetro  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Cipa do CDP III de Pinheiros promove palestra com especialista em tecnologia policial e militar

No encontro com Diego Mainardes, o foco foi a necessidade de constante qualificação do servidor

Com o objetivo de promover a conscientização dos servidores da Secretaria da Administração Penitenciaria (SAP) sobre a necessidade de aprimoramento profissional, o que envolve desenvolver atividades que contribuam para o condicionamento físico, mental e espiritual, a direção do Centro de Detenção Provisória (CDP) III de Pinheiros, juntamente com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), abriu as portas da unidade para o especialista em tecnologia policial e militar Diego Mainardes. A ação contou com apoio da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro).

Para o diretor substituto do CDP, Anderson do Nascimento Catolé, a iniciativa foi bem-vinda. De acordo com o dirigente, a palestra abordou assuntos de extrema importância que contribuíram para o desenvolvimento e a capacitação dos servidores, a exemplo de formas de manuseio de equipamentos (*), postura adequada e ainda técnicas para manter o autocontrole, evitando de colocar em risco a própria vida e a de terceiros.

Formação e experiência

Com formação na área de segurança e vasta experiência, Mainardes proferiu uma palestra para os Policiais Penais da unidade focando na necessidade de preparo no deslocamento, sobretudo quando portar arma de fogo. Nesse contexto, o especialista abordou temas como consciência corporal, como portar arma de forma velada, protocolos reativos e evasivos, além de autoatendimento a ferimentos provenientes que possam adquirir.

Na opinião do palestrante, é importante que o operador de segurança pública esteja sempre alerta. Ele justifica isso dizendo que a zona de atuação é um ambiente “inóspito”, portanto, deve-se estar preparado para o pior dos cenários.

Outro aspecto abordado por Mainardes diz respeito aos deslocamentos do servidor em dias de folga e com familiares. Ele destacou a necessidade de se trabalhar os protocolos adequados com seus cônjuges e filhos. A fim de que possam gerir as possíveis ocorrências com agressores, deixando-os seguros.

Falando sobre o porte de arma velado, o especialista disse que, ao contrário do que se pensa, esse exige uma maior atenção por parte do operador, algo que se conquista por meio de treinamento e manuseio com segurança do equipamento. Segundo ele, mais de 70% do tempo o servidor encontra-se no porte velado e que a maioria das ocorrências envolvendo óbitos que acontecem justamente na folga do funcionário.

Mainardes destacou que “um confronto dói” e que saber fazer o autoatendimento quando ferido, é algo de muito proveito. Exatamente por isso, a palestra também incluiu a apresentação do kit de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) tático individual.

Depoimentos

Na opinião do Diretor do Centro de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVP), George Augustus Cremoneze, o palestrante mostrou conhecimento sobre o tema e trouxe informações importantes para o dia a dia, sobretudo quanto à necessidade do condicionamento físico e mental. Igual opinião teve o oficial administrativo Marcelus Canáli Suzuki. Ele considerou oportuna a abordagem sobre porte de armamento, sobretudo quando a orientação vem de um profissional qualificado.

Para o Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVP), Francisco de Oliveira e Alexandre Garcia, é importante ter como foco a constante qualificação dos funcionários da SAP. De acordo com Garcia, “poderemos atingir um grau elevado de conhecimento e aplicá-lo no cotidiano de trabalho, bem como em protocolos de segurança para nossos familiares”.

O servidor ainda acrescentou que o agente não deve se preocupar somente em portar uma arma, mas também em onde portar e o porquê portar. Ele levantou uma questão importante que é analisar se de fato o Policial Penal está preparado para utilizar algum armamento e se tem pleno conhecimento para salvar sua vida em um acidente ou ocorrência envolvendo arma de fogo do lado externo da unidade.

(*) – Durante os treinamentos, o instrutor utilizou réplica de arma de fogo

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