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10/08/23 | Veruska Almeida - CSSP  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Pacientes do HCTP I de Franco da Rocha lançam livro inspirado em Carolina de Jesus

“E no momento mais difícil, na cadeia eu fui parar (...)”

Carolina passou fome. Carolina sofreu violência. Carolina foi presa. Mas como todas somos Carolinas? Foi a partir desse questionamento que o coletivo Poetas do Tietê realizou seu primeiro trabalho com pacientes em medida de segurança no Estado de São Paulo. A parceria foi firmada com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), por meio da Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário, e contemplou 19 internas do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) “Profº André Teixeira Lima” I de Franco da Rocha.

As semelhanças entre a vida da escritora Carolina Maria de Jesus e as participantes do projeto resultaram na criação de uma peça teatral, além do livro “Somos Todas Carolinas”, que registrou o processo de montagem do espetáculo e a produção literária resultante dos encontros (poemas, depoimentos e crônicas), que abordaram os livros e biografia da autora.

O lançamento da obra foi dia 24/07 e contou com a presença do Secretário da Administração Penitenciária, Marcello Streifinger; do coordenador de saúde substituto, Adriano Cesar Maldonado; do diretor do HCTP I de Franco da Rocha, Luiz Henrique Negrão e da representante do coletivo Poetas do Tietê, Maria Cecília Lourenço.

Durante o evento de lançamento, o secretário destacou a parceria entre o coletivo e a SAP, que já se estende há anos, e apontou a importância da acolhida psicológica e do conforto terapêutico da ação para o tratamento das pacientes do HCTP. “Essa parceria e esse livro só mostram que vale a pena”, concluiu Streifinger.

Para o diretor da unidade, o objetivo é que o projeto continue a inspirar e abrir caminhos para novas iniciativas artísticas em ambientes diversos. “Que a poesia continue a ser uma ferramenta de mudança e crescimento pessoal, levando luz e esperança onde quer que ela seja acolhida, lembrando que a arte tem o poder de nos tornar mais humanos, mais sensíveis e mais conectados, perseverando incessantemente em nossa missão institucional que é assegurar o direito de assistência, o tratamento humanizado, visando a reinserção de nossas pacientes ao convívio sociofamiliar”, enalteceu Negrão.

O coletivo Poetas do Tietê já contabiliza 14 anos de experiência no desenvolvimento de projetos no sistema penitenciário. Eles têm, ainda, um selo editorial denominado “Edições do Tietê” onde foram publicadas duas coletâneas poéticas intituladas “Mulheres Livres” e “Mulheres Poetas”, escritas por de mulheres privadas de liberdade da Penitenciária Feminina da Capital, em São Paulo.

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