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27/07/23 | Assessoria de Imprensa - SAP  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

SAP forma 429 Policiais Penais

Os cursos de Formação Técnico-Profissional contaram, ao todo, com 360 docentes

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) celebrou a formatura de 429 policiais penais, entre Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVPs) e Agentes de Segurança Penitenciária (ASPs). A cerimônia foi realizada no último dia 21, na zona leste da capital.

As turmas passaram pelos cursos de Formação Técnico-Profissional desenvolvidos pela Escola de Administração Penitenciária (EAP) "Dr. Luiz Camargo Wolfmann" que pertence à SAP e fica localizada em Santana, na zona norte.

Durante a cerimônia, o Secretário da Administração Penitenciária, Marcello Streifinger, orientou os formandos a não esquecerem o fundamento e nem aquilo que aprenderam durante o curso. “Não esqueçam especialmente da legalidade, pois é ela que nos norteia e que nos ampara nas dificuldades. É somente a lei que na hora da dificuldade jurídica, técnica e circunstancial, vai nos amparar”. Também destacou o necessário espírito de resiliência, atenção e correção por parte do Policial Penal.

A diretora da EAP, Gisele Angélica Silveira Rodrigues, destacou que estavam sendo colhidos os frutos semeados por servidores que iniciaram a SAP e que estruturaram as bases do sistema prisional paulista, a exemplo de seu pai, Guilherme Silveira Rodrigues, presente na cerimônia e que foi diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Pinheiros. Ele se aposentou em março do ano passado. “Fizemos muita história e continuaremos fazendo pois somos de transição, de agentes para a Polícia Penal, façam o seu melhor independente das condições”. Gisele explicou, em entrevista à parte, como transcorreram os cursos de formação para ASPs e AEVPs, que mobilizaram 360 docentes no decorrer das 14 turmas. Como fato marcante durante os cursos apontou a morte em um assalto de um professor da disciplina de Condicionamento Físico, o policial penal Júlio César da Silva. A diretora da EAP relatou ainda que as expectativas quanto aos cursos foram superadas: “tivemos vários depoimentos de alunos que nos contaram que a prática e a teoria ficaram muito próximas à realidade das unidades prisionais”.

O paraninfo das turmas, Odirlei Arruda de Lima, diretor da Penitenciária I de Itapetininga e docente da EAP, ressaltou a unicidade do Policial Penal e a sua importância para a germinação da força moral e vital para o bom trabalho no sistema prisional paulista. O orador Diego Galhardi destacou o trabalho de todos os docentes: “foram fundamentais em nossa jornada! Com dedicação e comprometimento, nos transmitiram valores éticos e morais que são a base de nosso trabalho e nos desafiaram a sermos melhores em cada situação apresentada”.

Entre os 429 formandos, 205 fizeram o curso de Formação Técnico-Profissional para AEVPs, distribuídos em seis turmas masculinas; e 224 concluíram o curso de Formação Técnico-Profissional para ASPs, com 206 alunos masculinos, em sete turmas, e 18 alunas compondo uma turma feminina.

LUTO E LUTA

“Passaram-se oito anos entre a abertura de concurso e o curso de formação, nesses anos muitas coisas ocorreram: minha filha caçula nasceu, eu e minha família vivemos muitas coisas boas nesse período. Porém há um ano e sete meses fiquei viúvo e sozinho com três filhas. Com muita dificuldade continuei lutando e cuidando das minhas meninas, nove meses depois de ficar viúvo sofri um acidente em que fiquei 7 horas em cirurgia”, disse o formando Paulo Roberto Lopes, de 43 anos. ”Naquele momento, achei que não conseguiria me levantar novamente e seguir, mas a força de vencer e saber que minhas filhas precisam de mim, me fez levantar e lutar por mim e por elas”, relatou. Ele destacou que “o curso foi intenso, tivemos professores muito preparados que foram muito importantes em nossa formação, tive a sorte de fazer parte uma turma muito unida, onde todos se ajudavam, e formamos uma família”.

O formando Francisco José Batista Junior afirmou que quer fazer a diferença: “creio estar conseguindo isso, aos poucos, tratando todos os colegas e superiores com respeito, urbanidade e educação, pois creio serem os pilares para uma sociedade melhor, mais justa e mais humana”.

O formando Paulo José Rodrigues Merle é da cidade de Araçatuba e descreveu parte dos desafios: “deixar minha esposa e família e buscar algo que jamais conhecia foi um desafio enorme. Sair de minha cidade no interior de São Paulo, cerca de 522 km da capital, nove horas de viagem, necessitou de muita coragem e motivação”. Merle ainda salientou que “o curso de formação foi excelente. Ter o contato com o conhecimento sempre é importante, ainda mais com vários profissionais e professores com os quais tivemos a honra de conhecer e aprender”.

A formanda do curso para ASPs, Graziela Guimarães, afirmou que no exercício de sua carreira como Policial Penal quer ser um instrumento de transformação positiva na vida de colegas e reeducandos. "Parafraseando Madre Teresa de Calcutá, por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar, mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota. Quero ser essa gota transformadora na vida daqueles que por qualquer razão eu vier a conviver. Assim, poderei ensinar e aprender com todos. Juntos, construiremos um estado de São Paulo forte, com o objetivo de tornar a administração penitenciária daqui modelo para o país. Isso é possível e quero fazer parte disso”, ressaltou.

A cerimônia foi prestigiada pelo desembargador Luiz Antônio Cardoso, Coordenador da Coordenadoria Criminal e de Execuções Criminais do Tribunal de Justiça de São Paulo; pelo Coronel Pedro Luis de Souza Lopes, representando o Secretário da Secretaria da Segurança Pública; pelo Deputado Estadual Tenente Nascimento, e por outras autoridades da SAP.

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