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29/06/23 | Sonia Pestana - Coremetro  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

CPP de Franco da Rocha recebe nova denominação

Unidade prisional, que abriga custodiados do regime semiaberto, altera seu nome em homenagem a servidor

O Decreto nº 67.469, de 1º de fevereiro de 2023, alterou a denominação do Centro de Progressão Penitenciária de Franco da Rocha para “ASP Moisés Marcos Braga” em homenagem ao Agente de Segurança Penitenciária (ASP) que, por 28 anos, trabalhou na unidade e foi acometido pela Covid-19, vindo a falecer em 25 de abril de 2020. O CPP faz parte dos estabelecimentos penais da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro), pertencente à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Maria Rita, Suzana, Lívia e Carlos foram presenças marcantes na cerimônia de renomeação do CPP de Franco da Rocha. Respectivamente, mãe, esposa e filhos não mediram esforços para prestigiar as homenagens prestadas a Moisés Marcos Braga. Também presentes à ação a irmã, Maria de Fátima, o cunhado, Fábio acompanhado de sua esposa, quatro sobrinhos, além do primo Ramon Mello, que é vereador de Franco da Rocha.

Cerimônia de renomeação

Mesmo tendo passado três anos da morte do servidor Braga, a merecida homenagem chega na forma de renomeação da unidade prisional onde o funcionário prestou serviços com dedicação e comprometimento por 28 anos. Com toda certeza, o dia 1º de fevereiro de 2023, a data da publicação do Decreto que alterou o nome da unidade, ganhou uma importância especial.

Para o coordenador da Coremetro, Antônio José de Almeida, a cerimônia é um ato simbólico, porém, reflete o sentimento de gratidão dos dirigentes e demais servidores que conviveram com o ASP que nunca se deixou esmorecer. “Moisés foi importante para o CPP e ficará registrado no sistema porque foi merecedor”, destaca.

De acordo com Almeida, o sistema prisional já passou por inúmeros problemas, contudo, na sua opinião, a pandemia da Covid-19 foi algo sem igual. Segundo o dirigente, infelizmente, Braga foi um dos primeiros funcionários que veio a falecer devido à Covid-19. Assim como ele, outros servidores acometidos pela pandemia foram citados com carinho pelo coordenador, a exemplo da diretora da Penitenciária Feminina da Capital (PFC), Ivete Barão Halasc, e os Diretores de Segurança e Disciplina das Penitenciárias II de Guarulhos “Adriano Marrey” e da Feminina Sant’Ana, respectivamente, Roney do Nascimento e João Almir de Souza.

O diretor geral do CPP, Eduardo Vilas Boas, fez questão de destacar uma frase que sempre ouvia do servidor: “Vai dar certo! ”. Segundo o diretor, não importava o tamanho do trabalho a ser feito, Braga se empenhava sem medida.

Pelo bom serviço demonstrado, Vilas Boas ressalta que o servidor faz parte da história da unidade e também da cidade de Franco da Rocha. Dirigindo-se à família do ASP, o dirigente disse que todas as homenagens nesse dia eram para ele. Em especial, falou para Lívia e Carlos que sentissem orgulho do pai.

Estiveram presentes na cerimônia os diretores das penitenciárias I, II e III de Franco da Rocha, respectivamente Marcos Paulo de Oliveira, Samuel Puglieri Pasuld e Ubiratan Correia Leite, além de Felipe Lisboa Goes, dirigente do Centro de Detenção Provisória Feminino da cidade.

Cláudia Ferreira de Araújo, servidora do CPP, que já ocupou a direção da área de Recursos Humanos, disse que, na época, foi responsável pelos registros do servidor Braga. Ela destacou que sua humildade fez a diferença. Também participou das homenagens a Ordem dos Advogados do Brasil, representada pela advogada Adriana Gaspari.

Vida profissional e familiar

Moisés Marcos Braga era casado com Suzana de Sales. Começou sua carreira no sistema prisional paulista aos 20 anos de idade como ASP no Centro de Progressão Penitenciária de Franco da Rocha, onde acumulou elogios pelo bom trabalho que desenvolvia. Era uma pessoa otimista e muito querido por seus companheiros de trabalho. Sua principal característica era sua simpatia.

Suzana falou que seu desejo não era estar ali na unidade prisional onde o marido trabalhou por quase três décadas. Contudo, tinha a certeza que ele não perderia um evento como este, caso estivesse vivo. Segundo ela, o esposo se dedicava muito ao trabalho que realizava no CPP de Franco. Por isso, fez questão de destacar: “Vejo a homenagem como justa e bem-vinda”.

Os filhos do casal, Carlos e Lívia concordam com a mãe quanto ao merecimento. Para Lívia, seu pai iria gostar dessa homenagem. Carlos, afirma que Braga foi, além de um bom pai, seu melhor amigo.

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