30/05/23 | Veruska Almeida - CSSP  |  Compartilhe                    
Unidade promove pelo segundo ano ações que levam a reflexão sobre o tema aos pacientes
Palestra sobre intolerância religiosa no HCTP I de Franco da Rocha
Pacientes durante exibição de filme sobre intolerância religiosa
O Brasil é uma democracia que tem no artigo 5º da Constituição Federal de 1988 as diretrizes que asseguram a igualdade religiosa e reforça a laicidade do Estado brasileiro. Assim, visando o entendimento pleno de seus pacientes, o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) I de Franco da Rocha, subordinado à Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário (CSSP), realizou, pelo segundo ano consecutivo, ações para conscientização e combate à intolerância religiosa. Os eventos ocorreram durante o mês de abril e atenderam todos os pacientes e servidores do hospital.
Durante as atividades, foi realizado um censo para entender o atual cenário da religiosidade e crença dos pacientes, que constatou que 86% das pacientes declararam possuir alguma religião/crença, sendo mais de 50%, evangélicas. Já entre os homens, 72% se declararam parte de alguma religião ou crença, enquanto 24% não informaram religião.
Veja quadro completo:
Entre os dias 12 e 14/04, ocorreu a exibição de filme temático que tratava sobre a importância da convivência harmoniosa no seio familiar independentemente da religião e da crença de cada pessoa. No dia 26/04, foi realizada a palestra “Eu respeito todas as religiões”, com a secretária-geral e presidente do Comitê Gestor do Fórum Inter-religioso para uma Cultura de Paz e Liberdade de Crença, da Secretaria da Justiça e Cidadania, Vânia Maria da Silva Soares, que abordou a importância do diálogo e do direito à liberdade de crença, bem como o dever que todos têm na importância da criação de um ambiente democrático para o diálogo inter-religioso, para a promoção de da cultura de paz e da garantia à liberdade de crença.
Como ressalta o diretor do hospital, Luiz Henrique Negrão, a assistência religiosa é um direito do paciente sendo realizada de forma contínua por entidades e organizações de relevante importância como igrejas do segmento cristão-evangélico. “Abordar o tema faz parte do trabalho desenvolvido pelo HCTP, pois é necessário possibilitar ao paciente meios para elaborar o pensamento e a crítica quanto ao convívio em sociedade, sobre a diferença do pensamento do outro, e assim promover saúde e reintegração, afinal o fim será o retorno do paciente à sociedade, pois a internação sempre será em caráter excepcional”, explicou Negrão.