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05/04/23 | Sonia Pestana - Coremetro  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Tribunal de Justiça de São Paulo doa livros para o sistema prisional paulista

Campanha dos servidores arrecadou mais de 1.200 exemplares que irão incrementar as salas de leitura

Movidos pela empatia, os funcionários do Tribunal de Justiça de São Paulo idealizaram a campanha “Doe seu Livro – Projeto Ler Adianta”. Parte da arrecadação foi encaminhada para a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), em benefício do sistema carcerário paulista. Coube à Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro) distribuir as doações entre os seus 28 estabelecimentos penais.

De acordo com o Desembargador Gilberto Leme Marcos Garcia, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a leitura pode ser uma ferramenta poderosa para a reinserção do indivíduo privado de liberdade à comunidade.

Segundo o Desembargador, os reeducandos têm acesso a um mundo de ideias e conhecimentos, obtendo ensinamentos de cidadania, empatia e ética. Para ele, “todos que doaram livros para esta valorosa campanha, assim como a parceria entre o Tribunal de Justiça com a Secretaria de Administração Penitenciária, contribuíram para a reintegração da população carcerária à sociedade”.

Nesse montante, mais de 1.200 livros vieram para ampliar o acervo das salas de leitura da Coremetro. Atualmente, as unidades prisionais da região metropolitana registram exatos 112.153 exemplares que são disponibilizados para leituras semanais junto à uma população carcerária de cerca de 32.700 reclusos.

Incentivo à leitura

Vista como um dos meios de ressocialização do indivíduo preso, o incentivo à leitura é praticado rotineiramente nas unidades prisionais da Coremetro. A partir dos projetos de leitura dirigida e livre, e com o apoio de pareceristas de instituições externas, que avaliam e validam os relatórios de leitura, o recuperando pode remir parte de sua pena por meio da leitura mensal de uma obra literária selecionada.

A partir desse ponto de vista a ação de ler tomou um significado mais amplo. Para homens e mulheres reclusos, leitura tornou-se sinônimo de liberdade. Dessa forma, a leitura dá a possibilidade de remição de quatro dias de pena por relatório produzido. De forma prática, por exemplo, no prazo de 12 meses é possível remir até 48 dias.

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