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13/01/23 | Janio Soares - EAP  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Formandos AEVPs relembram suas trajetórias ao longo do Curso Técnico-Profissional

Solenidade foi realizada no Ginásio Poliesportivo do Ibirapuera

Com muita emoção, 1.267 policiais penais celebraram a conclusão do Curso de Formação Técnico-Profissional para Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária após 478 horas-aulas. No evento, houve a reunião de familiares e convidados que se emocionaram em cada etapa da cerimônia. Os discursos do orador e do paraninfo tratavam sobre as dificuldades enfrentadas pela distância dos familiares durante a formação profissional, a dedicação dispensada e o companheirismo necessário para auxiliar na calma e concentração durante toda essa trajetória.

O curso de formação exigiu dos alunos academicamente e também teve disciplinas que exigiram um bom preparo físico. Além disso, houve o aspecto emocional que multiplicou as dificuldades do curso, pois os agentes se distanciaram de seus familiares e de suas cidades de origem já a partir do início das aulas. Os alunos precisaram de dedicação para as disciplinas que envolveram Legislação, Prática do Serviço de Escolta e de Vigilância, Direitos Humanos, Armamento e Tiro entre outras disciplinas específicas. As aulas do curso de formação foram realizadas nas dependências da Escola de Administração Penitenciária “Dr. Luiz Camargo Wolfmann” (EAP) e na Penitenciária Feminina da Capital, as aulas técnicas e práticas ocorreram em algumas unidades prisionais e no estande contíguo à Penitenciária Franco da Rocha I.

Homenagem

A cerimônia foi tomada pela emoção com a homenagem prestada ao formando Leonardo Bellai, de 31 anos, em razão de sua resiliência e da superação de um grave acidente no qual fora vitimado junto com seu pai em um atropelamento: “sofri um grave atropelamento no momento que estava retirando minha mala do veículo que me trouxe da capital. Na chegada em minha cidade, um terceiro que havia acabado de sair de um bar colidiu em alta velocidade no veículo onde eu estava retirando a mala, levando meu pai a óbito no mesmo momento e causando a amputação das minhas duas pernas”, relatou. O fato ocorreu na cidade de Agudos, interior paulista, quando Bellai estudava no curso de Formação na EAP e tinha ido passar a folga de fim de semana com a família.

Logo após o encerramento da celebração, colegas de turma fizeram uma série de flexões em homenagem a Leonardo, em seguida, centenas de formandos fizeram uma fila para um a um cumprimentá-lo e demonstrar a satisfação de vê-lo recuperado. Para o futuro, Bellai deseja ascender profissionalmente e contribuir para o crescimento da SAP.

O formando Luís Henrique Miranda Grifo, 47 anos, ex-membro da Polícia do Exército, com participação em missões especiais pelo Brasil e exterior, destacou que o “emocional variou entre a curiosidade e o desejo de aprender, culminando no sentimento de dever cumprido e a certeza de iniciar a minha carreira com o amplo conhecimento de minhas atribuições e responsabilidades”. Grifo, ao explanar sobre o que espera ao exercer a carreira, enfatizou que em razão da SAP ser referência nacional: “a estrutura proporciona e incentiva o aprendizado, muitas são as possibilidades para quem se doa à causa e eu quero buscar todas, não por um projeto pessoal, mas pelo crescimento da nossa Secretaria da Administração Penitenciária”.

O ex-fuzileiro naval da Marinha do Brasil, com atuação na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), Heverton França Pinto, 41 anos, natural da cidade de Magé, no estado do Rio de Janeiro, afirmou que durante o curso de formação a distância penalizou muito a todos, mas que no seu caso o apoio de sua esposa e filho foram fundamentais para que ele permanecesse focado no objetivo de concluir o curso e seguir a carreira como policial penal.

A diretora da EAP, Gisele Angélica Silveira Rodrigues, fez uma analogia do período de formação com o tempo e a sua passagem pela vida, inclusive com uma homenagem ao formando Leonardo Bellai e ao seu falecido pai. Ela também destacou que o curso de formação torna o ingressante em um agente ressocializador.

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