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03/01/23 | Amanda de Oliveira - CRC  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Palestra sobre violência doméstica é realizada no CDP de Americana

Reeducandos aprenderam sobre inteligência emocional e a importância de pensar antes de agir

O Centro de Detenção Provisória (CDP) de Americana proporcionou aos reclusos um momento de roda de conversa com a psicóloga Carla D. O Rocha e com a advogada Daiane Alves. A interação ocorreu no dia 7 de dezembro, com o tema “Vamos romper o ciclo da violência?”

Assuntos que seguem essa temática têm se tornado cada vez mais comuns no sistema prisional. O objetivo é levar os ouvintes a refletirem sobre autocontrole e outros métodos de solução de problemas.

Segundo Carla, o objetivo da roda de conversa com os reclusos foi justamente levar entendimento do comportamento violento e reflexão para mudança e extinção desse comportamento contra as mulheres que vem aumentando a cada dia, a exemplo dos casos de feminicidio. Entender que não é o fato de o comportamento ser reproduzido na geração anterior que se dever perpetuar nas novas gerações.

As palestras foram direcionadas a dois grupos de custodiados, cada um composto por 12 participantes, cujas detenções foram motivadas por violência doméstica.

No Brasil, segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, houve, no primeiro semestre, o registro de 31.398 denúncias e 169.676 violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres.

Um dos participantes relatou que foi interessante ouvir as informações passadas pelas profissionais voluntárias. Ele disse que refletiu sobre o motivo de ele estar ali, e como poderia ter sido evitada a situação. O reeducando ainda acrescentou que foi de grande valia os momentos que tiveram, pois serviu como incentivo a refletir a não voltar a cometer o mesmo ato.

Para Daiane, o assunto deve ser debatido em todos os espaços. “Para mim, foi uma experiência profundamente gratificante falar a respeito do aspecto jurídico da violência contra a mulher, da origem da Lei n° 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e de outros contextos que estão intimamente relacionados com a violência”, disse a advogada.

Os participantes interagiram com as palestrantes, tirando suas dúvidas e acrescentando comentários.

“Foi muito bom ver o interesse dos que estavam presentes. Não há dúvidas de que cada um deve responder pelas violações cometidas, mas apresentar um tema tão necessário para ser dialogado em uma roda de conversa é, sem sombra de dúvidas, uma oportunidade de reflexão que pode evitar eventuais reincidências”, conclui Daiane.

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