06/11/12 | Mariana Borges - Assessoria de Imprensa - SAP

Projeto “Escola de Marcenaria”, da Funap, celebra um ano de parceria bem-sucedida com Instituto Neotropica e Centro Universitário Belas Artes

Exposição de móveis na galeria da universidade mostra resultado da parceria que envolveu um trabalho conjunto entre reeducandos do CPP de Hortolândia, professores e estudantes de arquitetura e urbanismo

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Rodrigo de Moura, aluno do Belas Artes, ao lado de sua criação, produzida por reeducandos do CPP de Hortolândia

No último dia 5/11, segunda-feira, a Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap), órgão vinculado à SAP, o Instituto Neotropica e o Centro Universitário Belas Artes celebraram um ano de parceria com a abertura da exposição “movBA”.

Estiveram presentes na abertura da mostra Lúcia Maria Casali, diretora-executiva da Funap; Paula Dias Rubez e Valentina Denizo, representando o secretário de Estado da Habitação, Silvio Torres; Marco Aurélio Alves, diretor do Instituto Neotropica; Denise Xavier de Mendonça, professora do Belas Artes e coordenadora do Projeto de Extensão “movBA”; entre outras autoridades.

O projeto de Extensão de móveis movBA envolveu nove alunos de arquitetura e urbanismo, coordenados pela professora Denise. Os estudantes visitaram as instalações do Centro de Progressão Penitenciária de Hortolândia, levantaram o que havia disponível entre materiais e equipamentos e a partir daí desenharam os móveis, que foram produzidos pelos reeducandos do CPP.

Para isso, como explicou a docente, foi fundamental a colaboração do mestre de ofício da Funap Celso Leite, que interveio como “um intermediário entre reeducandos, a coordenação e os estudantes, inclusive tecnicamente, dando uma noção da realidade e dizendo o que precisava ser modificado em cada projeto”, afirmou.

Segundo a professora, para os estudantes o ganho foi tanto humano quanto profissional. “Houve um amadurecimento enorme do grupo. Eles passaram a encarar o trabalho com seriedade, porque não era só um projeto de mobiliário; eles estavam lidando com seres humanos. Despiram-se dos preconceitos para olhar no olho do outro”, ressalta a docente.

Para Rodrigo de Moura, aluno do oitavo semestre, participar do projeto foi a chance de ver pela primeira vez um desenho seu transformado em realidade. “Todo o projeto foi concebido para ter sustentabilidade desde o design, aproveitando ao máximo os recursos que já tínhamos disponíveis”, lembra Rodrigo. Ele salienta que a experiência de entrar em contato com presos foi um choque inicialmente, mas depois se revelou tranquila: “eles sempre foram muito gentis com a gente”.

A parceria foi tão bem sucedida que o diretor do Instituto Neotropica, Marco Aurélio Alves, anunciou que a parceria será ampliada, atendendo não só as outras unidades participantes do projeto “Escola de Marcenaria”, como também fornecendo capacitação às reeducandas participantes da grife Daspre. “Vamos trazer as meninas para as oficinas de moda do Belas Artes, para enriquecer o repertório delas”, explica Alves.