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01/07/22 | Augusto Biason – Ecom/CRSC  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Grupo norte-americano realiza apresentação em unidades prisionais de São Paulo

Formado por membros de uma mesma família, Grupo Coração Profundo leva mensagem de paz e de esperança aos reeducandos

Mais de 600 reeducandos de três penitenciárias paulistas puderam prestigiar um espetáculo com diversos números extraordinários realizado pelo grupo artístico norte-americano Coração Profundo. Em apresentação pelo estado, o grupo realizou o primeiro show no último dia 10 de junho na Penitenciária de Piracicaba. Na semana seguinte, foram as vezes das penitenciárias II de Sorocaba, no dia 13, e P-I de Guarulhos, no dia 15, receberem a atração. A exibição está prevista para ocorrer em aproximadamente 15 unidades prisionais até o final do ano.

Formado pela família Woroniecki, oriunda dos Estados Unidos, o grupo realiza de forma voluntária shows de música, dança, teatro, exibição de capoeira, além de números de mágicas e malabares, utilizando uma mistura de ritmos musicais e interagindo com a plateia. As performances interativas contam com mensagens ecumênicas destinadas à população carcerária.

De acordo com os integrantes, o objetivo do espetáculo é instruir, ensinar e compartilhar experiências de vida, estimulando as mentes do público e levando os reeducandos a um caminho que os ajudará a fazer melhores escolhas tanto na prisão como na retomada da vida em sociedade. Para tal, durante o ato são contadas histórias de superação, com intuito de passar uma mensagem de amor, respeito, convívio e esperança no futuro.

“Por mais difícil que este último ano tenha sido para nós que somos livres, foi muito pior para os encarcerados. Eles sofreram e estão sofrendo muito. O que fazemos traz um momento inesquecível e um profundo impacto em suas vidas que lhes dará uma nova esperança e perspectiva”, afirma Rute Woroniecki, gerente de relações públicas e coordenadora de eventos do conjunto.

De raízes católicas, o grupo teatral baseia suas crenças no Cristianismo, mas em suas apresentações não professa nenhuma religião específica, buscando passar mensagens de esperança, harmonia e fé. O trabalho, realizado há dez anos, já percorreu, além do sistema penitenciário brasileiro, presídio do Uruguai, Chile, Peru, Colômbia e de países da Ásia.

Para o Diretor do Grupo de Capacitação, Aperfeiçoamento e Empregabilidade (GCAE), Diego Ferracini, o espetáculo tem como finalidade melhorar o comportamento e transformar a vida das pessoas privadas de liberdade de uma maneira altamente criativa e eficaz. De acordo com ele, a parceria “visa a transmissão dos valores de civilidade, respeito mútuo, responsabilidade pessoal e capacidade intelectual, criando no ambiente prisional uma atmosfera confortável, com leveza e harmonia, despertando momentos de reflexão, alegria e diversão para todos os envolvidos”.

A Coordenadora de Reintegração Social e Cidadania, Carolina Passos Branquinho Maracajá, destaca que a arte e a cultura dentro das prisões têm sido comprovadas por todo o mundo como um meio eficaz de reintegração e inspiração positiva para os reeducandos. “Muitas destas pessoas nunca tiveram acesso à arte e à cultura, e este projeto inovador e diferenciado tem como objetivo transmitir valores de uma forma que toque a alma”, aponta.

A série de apresentações conta com apoio da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC), por meio do GCAE, e das Coordenadorias de Unidades Prisionais das Regiões Metropolitana (Coremetro) e Central (CRC), subordinadas à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

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