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02/06/22 | Amanda de Oliveira - CRC  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

CPP de Porto Feliz retoma atividades após pandemia

Mais de 30 reeducandos receberam certificados após concluírem curso de música

“A música é arte que liberta”. Essa frase faz parte do painel exposto no salão de eventos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz. A unidade prisional está em festa: 37 reeducandos receberam certificados por concluírem as aulas de música do Projeto Monções, por meio do programa Semear, em parceria com o Instituto Ação Pela Paz (IAP) e o Centro de Reintegração Social da unidade prisional.

O Projeto Monções, que leva ressocialização por meio da música, no dia 25, levou também alegria e realização para a unidade. Essas duas palavras eram visivelmente descritas no sorriso de um homem já de idade avançada, comemorando a sua conquista. A comemoração marcou o retorno das atividades na unidade prisional após a pandemia.

As aulas de música são ministradas pelo professor Wagner Correa. A banda dos reeducandos animou os espectadores ao som das músicas Jesus Cristo, de Roberto Carlos, Anunciação, de Alceu Valença, Tente Outra Vez, de Raul Seixas e Além do Horizonte, de Jota Quest. Em seguida, os participantes receberam os certificados entregues pelas mãos de Vanderlei Lopes Pereira e de Paulo Henrique Coelho de Oliveira, conhecido como mestre Paulinho, coordenador da Escola de Música do Município.

Em seu pronunciamento, o diretor do CPP, Francisco Ricardo Pereira de Souza, explicou o significado do nome do projeto Monções. Segundo ele, a ideia surgiu em homenagem a Porto Feliz, que é lembrada na história do Brasil por ser o ponto de partida para as “Monções” - viagens pluviais que ajudaram a desbravar o território nacional no sentido Oeste durante o século XVIII, era a busca por um mundo novo, assim como os reeducandos, que tem a possiblidade de buscar uma nova vida, participando de um projeto que já nasceu com o objetivo de auxiliar o recomeço daqueles que acreditam que podem ter uma nova vida quando voltarem à sociedade.

O projeto tem o intuito de trazer cultura, autovalorização, autorresponsabilidade, motivação e disciplina para as pessoas que conflitaram com a lei. Para o encerramento da cerimônia de certificação, a gestão da unidade guardou uma surpresa para os presentes: a apresentação da Banda dos agentes penitenciários do CPP, que encerrou a festividade ao som de Tempo Perdido, de Legião Urbana, Exagerado, de Cazuza, Garota Ideal, de Leo Jaime e Another Brick in the Wall, de Pink Floyd.

Após o encerramento, houve um café da manhã para todos os convidados, servidores e reeducandos presentes. Estiveram presentes na cerimônia a diretora regional das centrais de atendimento ao egresso e família da região central, Mirian Benine, o segundo tesoureiro do Rotary Clube, Fernando Luís de Oliveira, o vice-diretor e a coordenadora da escola vinculadoram Esther Maurino, Pedro Miguel e Vânia Aparecida, além dos professores que dão aula na unidade prisional.

Inovação

Além do clima de festa, foram mostrados alguns ambientes que receberam inovações com muita força de vontade e empenho dos servidores. O local ganhou uma quadra de basquete, uma academia para a população carcerária e espaço para jogar xadrez, em um cenário totalmente decorado pelas mãos de artistas encarcerados, supervisionados pelos Agentes de Segurança Penitenciária Alex Sandro Kunzler e Flávio Lamego. Em um passeio pela unidade, é possível admirar a réplica de Monalisa - de Leonardo Da Vinci, frases motivacionais, desenhos relacionados ao basquete, à música, um cenário que em nada remete a um ambiente penal.

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