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03/05/22 | Marcus Liborio - CRN  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Servidor que trocou sedentarismo por corridas de rua realiza sonho de disputar uma maratona

Agente da Penitenciária I de Pirajuí, Marcos Franco participa de prova e celebra: ‘Sentimento de que nada é impossível’

Em 6 de abril foi celebrado o Dia Mundial da Atividade Física. Quatro dias depois, num domingo, o Agente de Segurança Penitenciária (ASP) Marcos Vinicius Jacinto Franco, 32 anos, comemorou a data de um jeito bastante desafiador: correu a 26ª Maratona Internacional de São Paulo. “Cruzar a linha de chegada traz o sentimento de que nada é impossível”, destacou o servidor da Penitenciária I “Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz” de Pirajuí que, em 2018, trocou o sedentarismo por corridas de rua, perdeu mais de 30 quilos e passou a buscar novos desafios em sua vida.

O maior deles era, justamente, encarar uma prova de 42.195 quilômetros. O sonho, finalmente, se concretizou, embora a pandemia tenha atrasado um pouco os planos de Marcos, uma vez que o evento estava marcado para acontecer em abril de 2021, mas foi adiado duas vezes em razão da crise sanitária. Nesse tempo, o servidor público, que até então treinava por conta própria, chegou à conclusão de que precisaria de ajuda profissional.

“A partir de julho do ano passado, tive a oportunidade de trabalhar com uma assessoria esportiva, que foi de extrema importância nesse processo de preparação, com treinamento específico e desenvolvendo um planejamento visando a conclusão da maratona”.

Ele conta que foi um período de grande evolução, física e mental. “Eu treinava cinco vezes por semana, chegando a percorrer 70 quilômetros no total, paralelo ao trabalho de fortalecimento muscular. A cada treino concluído, me sentia mais preparado para o desafio”.

LESÃO

A previsão era de concluir a prova em três horas, a um ritmo médio (pace) de 4 minutos e 20 segundos por quilômetro. Entretanto, uma lesão sofrida faltando apenas 14 dias para a maratona quase adiou novamente a realização de seu sonho. “Tive um estiramento na coxa e, por conta disso, precisei adaptar a velocidade para que pudesse ao menos completar a prova, mas isso só no dia para saber”.

A PROVA

Marcos lembra que, nos dias que antecederam a maratona, era impossível não sentir ansiedade, dificuldade para dormir e nervosismo. “Mas, quando cheguei em São Paulo, fui me acalmando, pois sabia que estava preparado”, conta o agente da Penitenciária I de Pirajuí.

“Durante a prova, o sentimento é indescritível, muita alegria em estar ali e gratidão por todos que me ajudaram. É inevitável não sentir o cansaço com o passar dos quilômetros, mas eu corria com o coração, certo de que dor nenhuma iria me fazer desistir enquanto não cruzasse a linha de chegada”, detalha.

A maior dificuldade de Marcos foi no quilômetro 25, quando sentiu a coxa e precisou diminuir o ritmo e encontrar conforto em meio à dor. “Conforme se aproximava do fim da prova, a emoção tomou conta de mim. As dores, cãibras e sede deram lugar à alegria”, lembra.

LINHA DE CHEGADA

Marcos cruzou a linha de chegada após 3 horas, 25 minutos e 55 segundos (pace médio de 4:50) de corrida. “É fantástico e indescritível a sensação. O tempo todo foi passando um filme na mente: dos momentos de preparação e todos que me ajudaram a tornar esse sonho possível”, celebra o servidor estadual, que agora pretende se dedicar a pequenas provas regionais. “Curtir e compartilhar a experiência de ter realizado uma maratona”, complementa.

‘DESAFIE-SE’

Há quatro anos, Marcos não fazia nenhum exercício físico. Para melhorar a saúde, decidiu se movimentar. Foi quando se apaixonou por corrida de rua a ponto de completar uma maratona.

Para os sedentários ou quem busca correr longas distâncias, ele deixa um recado: “Esporte é vida. Tenha objetivos e não desista até alcançá-los. O que parece impossível hoje, amanhã será apenas o seu aquecimento. Desafie-se!”, incentiva.

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