16/10/12 | Assessoria de Imprensa - SAP

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Pesquisa inédita no sistema prisional brasileiro traçou um perfil da população carcerária feminina do estado de São Paulo

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Pela primeira vez no sistema prisional brasileiro, foi traçado um perfil abrangente da população prisional feminina. Pesquisadores do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Ensino e Questões Metodológicas em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Nemess – PUC) entrevistaram 1.100 reeducandas de onze presídios femininos no estado de São Paulo. A pesquisa, quantitativa e qualitativa, traçou um perfil dessas presas e será de grande importância para o aperfeiçoamento das políticas já realizadas pela SAP especificamente para o público feminino.

Os resultados do trabalho científico foram apresentados na última quinta-feira, 11/10, na sede da Escola de Administração Penitenciária (EAP) na reunião técnica “Projeto de Pesquisa Mulher Presa – Perfil e Necessidades: Uma Construção de Diretrizes”. O diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Augusto Rossini, participou da mesa de abertura do evento, que foi presidida pelo secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes.

Rossini elogiou o ineditismo da iniciativa, realizado pelo Nemess em parceria com o Centro de Políticas Específicas da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania da SAP, e da importância dela para o sistema prisional brasileiro: “São Paulo é um grande laboratório, não só para o Brasil como para o mundo (...) Só São Paulo e o Estado da Califórnia tem uma população prisional tão grande”. O diretor do Depen ressaltou ainda a importância do trabalho realizado pelas duas esferas de poder: “Nós, gestores, temos que trabalhar juntos. O Governo do Estado de São Paulo é parceiro e queremos aumentar essa parceria”, ressaltou Rossini.

Em sua fala, Lourival Gomes explanou sobre a política que vem sendo desenvolvida desde 2007 pelo Governo do Estado de São Paulo em prol da população prisional feminina. Deu como exemplo a publicação, realizada pela EAP e que estava sendo distribuída naquele momento, de um compêndio das principais leis e atos administrativos referentes à mulher presa. Ele destacou ainda as unidades femininas inauguradas do Plano de Expansão de Unidades Prisionais: Tremembé II, Tupi Paulista e Pirajuí, que além da beleza estrutural e física, também desenvolvem uma política voltada para a mulher presa.