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29/01/22 | Andressa Malheiros RT Célula Oeste  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Dia Nacional da Visibilidade Trans


O dia 29 de janeiro é conhecido como um dia de luta pois, em 2004, depois de um ato de protesto e lançamento da campanha “Travesti e Respeito”, realizados por mulheres trans no Congresso Nacional, a data foi eleita como marco para a visibilidade e conscientização sobre a extrema situação de vulnerabilidade experimentada por toda a população de travestis e transexuais no Brasil.

Desde então, sem excluir a necessidade de ações permanentes em políticas públicas voltadas à garantia de direitos deste segmento nos mais diversos campos sociais, a existência da data demarca, referenda e fortalece a promoção de reflexão e conscientização a respeito das diversidades, trazendo à tona importantes debates e questionamentos sobre índices de violência, mortes e outros tipos de exclusão que repercutem em fragilidades sociais de grande magnitude.

Nesta direção, em busca de uma atuação dentro do espectro do respeito à dignidade humana, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), por meio da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania e do Grupo de Ações de Reintegração Social (GARS), conta com o Centro de Políticas Específicas (CPE), que trabalha em sintonia com as legislações mais recentes, no sentido de elaborar e implantar políticas que conscientizem, acolhem e garantem o exercício da cidadania da população T em suas unidades de trabalho, por meio de estudos e intervenções realizadas tanto com o corpo funcional, como com a população em específico.

Dentro destas práticas, estão elaborações e atualizações de documentos e resoluções, como a SAP 11/2014, por exemplo, que dispõe sobre a atenção às travestis e transexuais no âmbito do sistema penitenciário, respaldando o combate institucional a violência de gênero e abrindo caminho para a inclusão e o respeito às diversidades de todas as parcelas populacionais que transitam dentro e fora do sistema prisional paulista.

Neste sentido, ressaltamos a importância do trabalho elaborado por toda equipe de servidores, Agentes Técnicos de Assistência à Saúde, Psicólogas e Assistentes Sociais que atuam diretamente na garantia de direitos da população trans presa, por meio da elaboração de projetos, práticas de acompanhamento, pesquisa e orientação aos demais servidores.

Nessa linha, a Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, comprometida com a missão de assegurar o respeito à dignidade humana como parte do complexo e multifatorial processo de reintegração social, nesta data, manifesta apoio e engajamento para uma sociedade inclusiva e consciente, considerando o sistema prisional como parte integrante de um todo social.

“...Talvez seja essa a verdade
Que é pela a anormalidade que todo amor é normal.
Não é estranho ser negro, o estranho é ser racista.
Não é estranho ser pobre, o estranho é ser elitista.
O índio não é estranho, estranho é o desmatamento.
Estranho é ser rico em grana, e pobre em sentimento.
Não é estranho ser gay, estranho é ser homofóbico...
O mundo sim é estranho, com tanta diversidade
Ainda não aprendeu a viver em igualdade.
Entender que nós estamos
Percorrendo a mesma estrada.
Pretos, brancos, coloridos
Em uma só caminhada
Não carece divisão por raça, religião
Nem por sotaque
Oxente!
Seja homem ou mulher
Você só é o que é
Por também ser diferente.
Por isso minha poesia, que sai aqui do meu peito
Diz aqui que a diferença nunca foi nenhum defeito.
Eu reforço esse clamor:
Se não der pra ser amor, que seja ao menos respeito! ”

Bráulio Bessa

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