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17/11/21 | Mariana Amud – Coremetro  |  Compartilhe Facebook      Twitter      Whatsapp      Linkedin      Enviar por e-mail

Saúde integral da mulher é tema de palestra realizada na Penitenciária Feminina de Sant'Ana

Reclusas receberam informações e aproveitaram o espaço para tirarem dúvidas

Durante uma ação conjunta realizada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc) e a Penitenciária Feminina Sant’Ana, 50 reeducandas participaram de uma palestra sobre saúde integral da mulher e diagnóstico precoce do câncer de mama. O estabelecimento penal é subordinado à Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro).

Na presença das médicas ginecologista/obstetra, Luciana Cury, e a oncologista Silvia Graziani, as atenções se voltaram para o cuidado e bem-estar das mulheres cisgênero e homens transgênero (que não passaram por operação de redesignação sexual) privadas (os) de liberdade. Na ocasião, também foi trazido à tona o significado da sororidade e como ela pode ser praticada no dia a dia, seja observando, ouvindo ou dando apoio umas às outras.

Segundo a oncologista, a informação é a ferramenta mais poderosa para a prevenção e um diagnóstico precoce de possíveis doenças. Com levando conhecimentos básicos e de forma didática que as profissionais abordaram a importância dos cuidados diários com o corpo, estando sempre atenta aos alertas que ele nos faz em caso de alterações.

Saúde íntima

Práticas habituais, como saber realizar a higiene pessoal de maneira correta, são formas de autoconhecimento e de atenção com o próprio corpo. Em sua fala, a ginecologista além de abordar esse ponto básico, mas importante, destacou alguns dos sintomas, prevenção e tratamentos para os cânceres de colo de útero e de ovários.

Um destaque que chamou a atenção da reeducanda H.M.F.S, de 39 anos, foi o fato de homens transgênero e pessoas não binárias também terem útero, menstruarem e necessitarem de atendimento ginecológico. “Achei muito interessante saber sobre esse assunto e também que homens podem ter câncer de mama, eram coisas que eu não conhecia”, ressaltou a reclusa. Para a médica Luciana “a diversidade precisa ser conhecida para não haver estranhamento e ser respeitada”.

Parceria bem-sucedida

Além dessa ação na unidade prisional, a primeira desenvolvida pelas médicas do Imesc na penitenciária e preparada especialmente para este público, o instituto vem realizando exames de mamografia em mulheres reclusas com mais de 40 anos.

Segundo a médica Silvia, “foi feita uma ação educativa hoje, para um público jovem, com alerta para a doença. Já fizemos centenas de exames e tem sido gratificante. Estamos nos dando muito bem nesse trabalho com a SAP”.

Em sua palestra, a oncologista focou nos cuidados para o diagnóstico precoce do câncer de mama, principalmente. Além dos sintomas que a doença pode dar, a indicação é para a realização de exame de mamografia periódico a partir dos 40 anos e, para idades menores, a ultrassonografia é a forma de análise ideal.

A reeducanda P.B.V, de 40 anos, gostou da ação. Para ela, as colegas aproveitaram o espaço para tirarem dúvidas. “Foi uma boa iniciativa falar sobre o comportamento com a higiene pessoal. Muitas (mulheres) agora irão tomar mais cuidados”, concluiu.

aasassa
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