17/09/21 | Veruska Almeida - GQVIDASS |
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Servidor doou medula para o filho no segundo transplante do jovem
Fábio e Théo durante internação para a realização de transplante de medula óssea neste ano
Os terceiros sábados do mês de setembro são marcados pela celebração do Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. No Brasil, os números de cadastros estão aumentando expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos, hoje já são quase 5,2 milhões. Esse número fica atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha (Dados do Ministério da Saúde).
Para marcar a data, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) resolveu contar a história do Agente de Segurança Penitenciária (ASP) Fábio Aparecido de Barros, que viu seu filho de apenas 7 anos realizar seu primeiro transplante de medula. O pequeno Théo tinha Mielodisplasia que evoluiu para uma Leucemia Mielóide Aguda (LMA). Em março de 2010 começaram os ciclos de quimioterapia e a inclusão no cadastro nacional para realizar transplante de Medula Óssea.
O primeiro transplante foi realizado em agosto de 2010, após ter sido encontrado um doador compatível no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Após cinco anos Théo teve alta, mas as consultas anuais continuaram. Foi quando em abril de 2021, ele começou a apresentar quedas de pressão e, após um novo exame de sangue, foi constado que suas plaquetas estavam baixas. A família então resolveu voltar ao Hospital Amaral Carvalho em Jaú, onde Théo era acompanhado e, após um novo mielograma, foi apontado que a medula dele havia se sobreposto a medula que havia recebido em 2010. Como esta era a doente, a Mielodisplasia havia voltado.
Mas dessa vez as coisas estavam diferentes, pois devido a uma nova técnica de transplantes seu pai poderia fazer a doação, mesmo com medula com 50% de compatibilidade.
Pai e filho foram internados no isolamento em 15/07/2021, devido ao condicionamento que é necessário para quem irá receber a nova Medula Óssea, e a doação aconteceu em 27/07/2021. Em 20 dias a medula pegou e no dia 23/08 Théo teve alta do isolamento. Hoje pai e filho já estão em casa.
A vida realmente é um grande enredo e Fábio que sempre sonhou ser doador de medula óssea para salvar uma vida, hoje pode contar para todos como concretizou esse objetivo salvando a vida de seu próprio filho.
“Eu digo para as pessoas que temos que fazer a diferença, como diz a música Corrente do Bem: eu ajudo alguém e ele ajuda também e logo nessa corrente seremos mais de 100. Neste ano, em nome de meu filho, estiveram em Jaú para doar sangue e plaquetas mais de 100 pessoas e elas não estão ajudando somente meu filho, mas todas as pessoas que estão passando por situação semelhante. Esta é uma bandeira que venho levantando e gostaria muito que cada vez mais pessoas, órgãos do governo e iniciativa privada pudessem nos ajudar nessa luta, na mesma ideia da música Corrente do Bem”, contou Fábio, ASP, 45 anos.
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