02/09/21 | Sonia Pestana – Coremetro  |  Compartilhe                    
As obras nas quatro unidades prisionais de Pinheiros visam segurança e modernização de seus espaços
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No CDP III de Pinheiros o projeto de aquaponia reúne criação de peixes ao cultivo de hortaliças
Reforma e adequação são as palavras de ordem nos Centros de Detenção Provisórias de Pinheiros (CDPs) I, II, III e IV. Os estabelecimentos penais pertencem à Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro), da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). As obras visam atender às necessidades dos reclusos, funcionários e visitantes sem sobrecarregar o orçamento da Pasta.
Desde 2015 os estabelecimentos penais do bairro de Pinheiros, em São Paulo, vêm promovendo melhorias nos mais diversos setores. Para os diretores dos CDPs, a manutenção é algo necessário e deve ser feita constantemente.
Com foco na segurança e conforto, ao longo do tempo, as unidades promoveram a substituição das camas de ferro por triliches de alvenaria e reformas nos pavilhões habitacionais. Nessa ação, destaque para automação das celas e revitalização dos pátios.
Ajustes necessários
Devido à pandemia da Covid-19, algumas alterações adequaram os espaços para atender às demandas judiciais via teleaudiência, os atendimentos de telemedicina e as visitas virtuais. A medida foi necessária para evitar o deslocamento de presos para apresentações e consultas fora do complexo penitenciário e, ao mesmo tempo, aproximar o recluso de seus familiares.
Nos CDPs I e II de Pinheiros, respectivamente “ASP Vicente Luzan de Almeida” e “ASP Willian Nogueira Benjamin”, novos espaços foram criados ou reformulados, a exemplo de salas para cursos distintos, refeitório, vestiário dos servidores, dentre outros.
Com características ímpares, o CDP IV se destaca por ser uma unidade de trânsito que registra uma movimentação mensal em torno de 8 mil reclusos. Exatamente por isso, as reformas adotadas nos últimos anos foram feitas visando aumentar o esquema de segurança.
Questões ambientais
Nas obras realizadas, as unidades abriram espaço para a natureza. Em comum, os CDPs têm áreas arborizadas em seu entorno, promovendo uma espaço verde, o que propiciou a criação ou ampliação destes locais de bem-estar.
Recentemente, o CDP I criou um jardim especial visando promover a interação entre os servidores. A unidade reformulou os vestiários dos funcionários e criou uma área de descanso em meio às folhagens. A ação incentivou a descontração no horário de almoço ou nas trocas de plantões.
Por outro lado, em anos anteriores, o CDP II utilizou a educação formal para promover reflexões sobre o meio ambiente. Há cerca de cinco anos, professores, servidores e alunos montaram em conjunto um jardim vertical a partir de plantas cultivadas em garrafas PET.
O mesmo aconteceu no CDP III ao implantar o programa de aquaponia, em 2016. O trabalho de sustentabilidade foi tema de projeto escolar, associando a criação de peixes com o cultivo de hortaliças que continua em vigor até os dias atuais. Segundo a direção da unidade, a aquaponia não só proporcionou um espaço agradável para servidores e reeducandos, mas sobretudo, deu exemplo de respeito ao meio ambiente ao fazer o reuso de água de chuva.