12/08/21 | Mariana Amud – Coremetro  |  Compartilhe                    

Campanha alerta para a importância da prevenção contra as hepatites virais

Testes rápidos e palestras informaram servidores e reclusos sobre a doença

Em tempos de pandemia de Covid-19, em que nossa atenção com a saúde está mais voltada à prevenção do novo Coronavírus, é importante lembrar-se de outros cuidados importantes para o bem-estar. Em julho, a campanha “Julho Amarelo”, de prevenção às hepatites virais foi tema de ações de conscientização desenvolvidas com a população prisional e com servidores da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro), regional subordinada à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites virais – infecções que atingem o fígado - e suas complicações podem provocar aproximadamente 1,4 milhão de mortes no mundo a cada ano. Para impedir que essa projeção se torne realidade é necessário informar a população e prevenir.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são os tipos A, B e C. Porém, também existem casos, com menor frequência, das D e E. Em palestra oferecida aos servidores da sede da Coremetro, o Agente de Segurança Penitenciária (ASP) com formação em Enfermagem, Anderson Lima, ressaltou que a doença costuma ser silenciosa, sendo necessário a realização de exames para sua detecção.

Cuidados diários

Entre as formas de evitar o contágio por essas doenças estão cuidados com a higiene e o saneamento básico, uso de preservativos em relações sexuais e o não compartilhamento de objetos pessoais, como utensílios de manicure, agulhas, lâminas de barbear, entre outros.

Além das prevenções do dia a dia a vacinação é um importante aliado no combate às hepatites virais. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o imunizante para os vírus A e B, quando se enquadra no perfil de condições especiais ou de idade.

Em caso de identificação da patologia, os tratamentos prescritos pelos profissionais da área são realizados, de acordo com cada situação, com antivirais, uso de medicamentos para controle de sintomas, alimentação balanceada, suspensão do consumo de bebidas alcóolicas e repouso.

Detecção e prevenção

No Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Franco da Rocha, a diretoria de reintegração social e saúde local, com a colaboração das equipes da Fundação Juquery, desenvolveram palestra para 181 reeducandos e aplicação de 334 testes rápidos para detecção de hepatites B e C junto à população prisional.

De maneira didática, as enfermeiras Alessandra Conversani e Natalia Cestite enfatizaram a importância da detecção precoce das doenças. As profissionais também aproveitaram o espaço para esclarecer pontos sobre comportamento de risco e complicações que as infecções podem causar.